Pegasus (spyware)
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Pegasus é um spyware desenvolvido pela empresa de armas cibernéticas [en] israelense NSO Group [en], que pode ser instalado secretamente em telemóveis e outros dispositivos com os sistemas Android e iOS.[1]
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De acordo com o Washington Post e outras fontes de mídia, o Pegasus não só permite a monitorização das teclas de todas as comunicações de um telefone (textos, e-mails, pesquisas na web), mas também permite o seguimento de chamadas telefónicas e localização, ao mesmo tempo que permite ao Grupo NSO sequestrar tanto o microfone do telemóvel como a câmara, transformando-o assim num dispositivo de vigilância constante.[2][3]
A NSO Group afirmou que fornece "aos governos autorizados esta tecnologia que os ajuda a combater o terrorismo e o crime",[4] publicou secções de contratos que exigem aos clientes que utilizem os seus produtos apenas para investigações criminais e de segurança nacional e declarou que tem uma abordagem pioneira na indústria em relação aos direitos humanos.[5]
Em 23 de agosto de 2020, de acordo com informações obtidas pelo jornal israelense Haaretz, o Grupo NSO foi acusado de vender o spyware Pegasus por centenas de milhões de dólares para o Brasil,[6] Emirados Árabes Unidos e outros Estados do Golfo,[7][8][9] com o objetivo de vigilância estatal[10][10] contra ativistas sociais, dissidentes, jornalistas e líderes políticos de nações rivais.[11]
O programa de investigação da Al Jazeera The Tip of the Iceberg, Spy partners, em 20 de dezembro de 2020, mostrou imagens exclusivas sobre "Pegasus", e sua penetração nos telefones de profissionais da mídia e ativistas, que segundo as pesquisas do Citizen Lab um laboratório interdisciplinar sediado no Canadá, foram usados pela Arábia Saudita e pelos Emirados Árabes Unidos para espionar seus oponentes.[12][13]