Partido Nacional Fascista
partido político italiano criado por Benito Mussolini / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Partido Nacional Fascista (Partito Nazionale Fascista, ou PNF, em italiano) foi um partido político italiano criado por Benito Mussolini, que apoia o movimento fascista (anteriormente representado por grupos conhecidos como Fasces). Governou a Itália de 1922, quando os fascistas assumiram o poder com a Marcha sobre Roma, até 1943, quando seu fundador foi deposto pelo Grande Conselho do Fascismo.
Partido Nacional Fascista Partito Nazionale Fascista | |
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Líder | Benito Mussolini |
Fundador | Benito Mussolini |
Fundação | 1921 |
Dissolução | 1943 |
Sede | Roma, Itália |
Ideologia | Fascismo italiano • Imperialismo colonial[1][2] • Nacionalismo italiano[1][2][3][4] • Nacionalismo revolucionário[5][6] • Conservadorismo nacional[1][2][3][4] • Conservadorismo social[7][8][9] • Colonização de povoamento[10] • Populismo de direita[11][12] • Corporativismo fascista[13][14] • Anticomunismo[15] • Antiliberalismo[16][17] • Autarquia[18][19][20][21] • Terceira posição[22][23] |
Espectro político | extrema-direita[24][25] |
Publicação | Il Popolo d'Italia |
Ala de juventude | Opera Nazionale Balilla (1926-1937) Gioventù Italiana del Littorio (1937-1943) |
Antecessor | Fasces de Combate Italianas |
Sucessor | Partido Republicano Fascista |
Membros (1939) | 6.000.000 |
Cores | Preto |
Bandeira do partido | |
Precedendo o PNF, o partido político estabelecido inicialmente por Mussolini era conhecido como "Partido Revolucionário Fascista", que foi, de acordo com o próprio, fundado em 1915.[26] Após resultados fracos nas eleições de novembro de 1919, o PFR acabou por ser renomeado em 1921 para Partido Nacional Fascista.[27] Este foi enraizado no nacionalismo italiano e pelo desejo de restaurar e expandir territórios italianos, que os fascistas consideravam necessários para uma nação afirmar sua superioridade e força, e para evitar sucumbir à decadência. Alegaram que a Itália moderna é o herdeiro da Roma Antiga e seu legado, e historicamente apoiavam a criação de um Império Italiano para fornecer o spazio vitale ("espaço vital") por uma colonização italiana e estabelecer controle sobre o Mar Mediterrâneo.
Os fascistas promoveram um sistema econômico corporativista em que empregador e sindicatos de empregados estão unidos em associações para representar coletivamente produtores econômicos da nação e trabalhar ao lado do Estado para definir a política econômica nacional. Este sistema econômico destinava-se a resolver o conflito de classes através da colaboração entre as mesmas. O fascismo italiano opõe-se ao liberalismo, mas ao invés de procurar uma restauração reacionária do mundo pré-Revolução Francesa, o qual considera ter sido falho, tinha uma direção para o futuro. Opõe-se ao socialismo marxista devido sua típica oposição ao nacionalismo, mas também se opôs ao conservadorismo reacionário desenvolvido por Joseph de Maistre. Acreditavam que o sucesso do nacionalismo italiano exigia respeito à tradição e um claro sentido de um passado compartilhado entre o povo italiano ao lado de um compromisso com a Itália modernizada.
Mussolini e os fascistas italianos rejeitavam o liberalismo (social e econômico) e a ideia de democracia representativa.[28][29][30][31] No entanto, em um primeiro momento, antes do golpe de 1924-1926, o PNF aplicou medidas econômicas liberalizantes. Forçado a governar em coligação liberal-conservadora, Mussolini colocou um Ministro da Fazenda liberal. Da mesma forma, o programa do PNF manifestaca pautas típicas do liberalismo, como a defesa da propriedade privada.[32][33][34][35]
O Partido Nacional Fascista, juntamente com o seu sucessor, o Partido Republicano Fascista, são os únicos partidos cuja reformação é proibida pela Constituição da Itália: "É proibida a reorganização, sob qualquer forma que seja, do partido fascista dissolvido".