Partido Democrático Trabalhista
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O Partido Democrático Trabalhista (PDT) é um partido político brasileiro de centro-esquerda. Foi fundado em 1979, logo após o início do processo de abertura política da ditadura militar,[8] sendo alinhado às ideologias trabalhista, socialista democrática e social-democrata.[4] Seu símbolo é "o punho e a rosa", um tradicional símbolo socialista criado por Didier Motchane inicialmente para o Partido Socialista francês e usado posteriormente por outros partidos e organizações de esquerda, como o PSOE da Espanha, o Partido Trabalhista britânico e a Internacional Socialista.[22] O código eleitoral do partido é o 12.[23] Com 1.115.044 filiados em abril de 2024, é o sexto maior do país, o segundo maior no Rio Grande do Sul e o maior no Rio de Janeiro.[14]
Partido Democrático Trabalhista | |
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Número eleitoral | 12 |
Presidente | André Figueiredo[1] |
Vice-presidentes | Ciro Gomes[1] Miguelina Vecchio[1] Weverton Rocha |
Secretário-geral | Manoel Dias[1] |
Tesoureiro-geral | Marcelo Oliveira Panella[1] |
Presidente de Honra | Luis Carlos Prestes[2] |
Fundação | 17 de junho de 1979 (44 anos) |
Registro | 10 de novembro de 1981 (42 anos)[3] |
Sede | Brasília, DF |
Ideologia | |
Espectro político | Centro-esquerda[12][13] a esquerda |
Think tank | Fundação Leonel Brizola - Alberto Pasqualini |
Ala de juventude | Juventude Socialista (JS) |
Ala feminina | Ação da Mulher Trabalhista |
Ala LGBT | PDT Diversidade |
Ala negra | Movimento Negro PDT |
Antecessor | MDB |
Dividiu-se de | PTB |
Membros (2024) | 1.115.044[14] |
Afiliação internacional | |
Governadores (2024)[17] | 0000000000000000 0 / 27 |
Prefeitos (2020)[18] | 0000000000000315 315 / 5 568 |
Senadores (2024)[19] | 0000000000000003 3 / 81 |
Deputados federais (2024)[20] | 0000000000000018 18 / 513 |
Deputados estaduais (2022) | 0000000000000043 43 / 1 060 |
Vereadores (2020)[21] | 0000000000003441 3 441 / 56 810 |
Cores | Azul Branco Vermelho |
Sigla | PDT |
Bandeira do partido | |
Página oficial | |
www | |
Política do Brasil |
Em junho de 1979, em Lisboa, Portugal, o político Leonel Brizola, em exílio durante a ditadura civil-militar brasileira,[24] associou-se com socialistas e sociais-democratas ligados a Mário Soares, para organizar o "Encontro dos Trabalhistas do Brasil com os Trabalhistas no Exílio". No evento, foi elaborada a Carta de Lisboa,[25] documento que continha as bases programáticas do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) que Brizola pretendia restaurar no Brasil no contexto de redemocratização anunciada no fim da década, após sua extinção com o Ato Institucional Número Dois de 1965. O partido e sua proposta restaurativa eram fundamentados no pensamento de teóricos brasileiros como Alberto Pasqualini e San Tiago Dantas, no fenômeno social do sindicalismo brasileiro e na liderança política de Getúlio Vargas.[26][27] Na nova fase, o trabalhismo do PDT comprometeu-se com o "socialismo democrático", anunciando em seu manifesto a "defesa da democracia, do nacionalismo e do socialismo".[8] Com a anistia geral, o exílio de Brizola chegaria ao fim e este retornaria ao Brasil como liderança política,[28] mas seria impedido de usar o nome histórico do PTB, que fora concedido a um grupo rival, liderado pela deputada Ivete Vargas, sobrinha-neta de Getúlio Vargas, o que motivaria a fundação do PDT.[8][29]
Em seu programa, o PDT elegeu sete pontos prioritários de atuação: assistência à infância e aos jovens; defesa dos interesses dos trabalhadores, das mulheres, das populações negras, das populações indígenas e da natureza brasileira, contra a poluição e a deterioração do meio ambiente resultante da exploração predatória, e recuperação de concessões feitas a grupos estrangeiros que são consideradas pelo partido "lesivas ao patrimônio e à economia nacionais".[8][30] Desde a morte de Brizola em 2004, o presidente nacional do partido é Carlos Lupi.[31]