Paramilitarismo na Colômbia
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Os grupos paramilitares de direita na Colômbia são os responsáveis pela maior parte das violações de direitos humanos na última metade do conflito armado colombiano em curso. De acordo com vários grupos de direitos humanos internacionais e organizações não-governamentais, os grupos paramilitares de direita têm sido responsáveis por pelo menos 70 a 80% dos assassinatos políticos[1][2] na Colômbia por ano, com o restante cometidos por guerrilheiros de esquerda e forças do governo.[2] Os grupos paramilitares controlam a grande maioria do narcotráfico de cocaína e de outras substâncias em conjunto com os principais cartéis de drogas colombianos, principalmente em termos de atividades de tráfico e de processamento. Os primeiros grupos paramilitares foram organizados pelos militares colombianos seguindo as recomendações feitas por conselheiros militares de contrainsurgência estadunidenses que foram enviados para a Colômbia durante a Guerra Fria para combater militantes políticos de esquerda e grupos guerrilheiros armados.[2][3] O desenvolvimento dos grupos paramilitares posteriores também envolveu latifundiários da elite, traficantes de drogas, os membros das forças de segurança, políticos e corporações multinacionais.[4] A violência paramilitar, hoje, é principalmente direcionada aos camponeses, sindicalistas, indígenas, ativistas de direitos humanos, professores e ativistas políticos de esquerda ou seus apoiadores. Os paramilitares alegam estar agindo em oposição à guerrilha revolucionária marxista-leninistas e os seus aliados entre a população civil.[5][6][7]
Na gênese e desenvolvimento histórico dos grupos paramilitares estiveram envolvidos agentes do Estado, como policiais e militares, bem como políticos e outros setores da sociedade. Tal participação resultaria no escândalo judicial e político que foi chamado Parapolítica, na primeira década do século XXI.[8]