Papiro Ebers
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O Papiro Ebers é um dos tratados médicos mais antigos e importantes que se conhece. Foi escrito no Antigo Egito e é datado de aproximadamente 1550 a.C.
Atualmente o papiro está em exibição na biblioteca da Universidade de Leipzig e foi batizado em homenagem ao monge alemão Georg Ebers, que os adquiriu em 1873.
O papiro contém mais de 700 fórmulas mágicas e remédios populares além de uma descrição precisa do sistema circulatório. Os egípcios mostram o grau de compreensão do o corpo humano, a sua estrutura, o trabalho dos vasos sanguíneos e do coração, anatomia e fisiologia, e magias de toxicologia.[1]
Ao abordar as doenças neurológicas, o papiro incorpora aspectos mitológicos e religiosos, sendo que, além das medicações e técnicas médicas utilizadas, rituais mágicos e a intervenção dos deuses contribuiriam para a cura dos males.[2]
Interessante pontuar que também os deuses seriam acometidos por doenças humanas. Um exemplo seria a experiência de Hórus, que passaria dias acamado e sem apetite nenhum em decorrência de fortes dores de cabeça que sentia. No mesmo papiro, um sacerdote prescreve que um filhote de crocodilo seja amarrado por um pano em cima do crânio do paciente.
Outro trecho do papiro aponta que a perda de memória estaria relacionada à entrada de ventos quentes no organismo, causando uma podridão interna, sendo que o tratamento para tal problema seria a ingerir muita água e evitar alimentos quentes. [2]