Panzerkampfwagen V Panther
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O Sd.Kfz. 171 Panzerkampfwagen V Panther foi um carro de combate alemão empregado na Segunda Guerra Mundial. Foi projetado para substituir os PzKpfw III e PzKpfw IV, para que a Panzerwaffe pudesse superar os carros de combate soviéticos T-34/76 e KV, e aos veículos aliados recentes.
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Sd.Kfz. 171 Panzer V Panther | |
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Um Panther Ausf. G | |
Tipo | Carro de combate médio |
Local de origem | Alemanha Nazista |
História operacional | |
Em serviço | 1943 até 1945 |
Utilizadores | Alemanha Nazista Bulgária França Roménia União Soviética Hungria |
Guerras | Segunda Guerra Mundial |
Histórico de produção | |
Criador | MAN AG |
Data de criação | 1942 |
Fabricante | MAN, Daimler-Benz, MNH, Henschel, Demag[1] |
Custo unitário | 129.000 RM |
Período de produção |
1943 - 1945 |
Quantidade produzida |
5.984[1] 850 Ausf D 2.000 Ausf A 3.126 Ausf G 8 Ausf F (somente os cascos sem a torre) |
Variantes | Ausf D, A, G, F |
Especificações (Panzerkampfwagen V ausf G[1]) | |
Peso | 45,5 t (100 000 lb) |
Comprimento | 8,86 m (8 900 mm) |
Largura | 3,4 m (3 400 mm) |
Altura | 2,98 m (3 000 mm) |
Tripulação | 5 - comandante, artilheiro, municiador, metralhador/rádio-operador e motorista |
Blindagem do veículo | 16 mm (0,63 in) - 110 mm (4,3 in) |
Armamento primário |
Canhão Rheinmetall KwK 42 L/70 de 75 mm (3,0 in) |
Armamento secundário |
Duas Metralhadoras de 7,92 mm (0,31 in) MG34 |
Motor | Maybach HL230 P30 V12 a gasolina 690 hp (510 kW) |
Peso/potência | 15.39 PS/ton (15.77 hp/ton) |
Transmissão | ZF AK 7-200 (7 à frente e 1 à ré) |
Suspensão | Barra de torção dupla |
Alcance operacional (veículo) |
150 km (93,2 mi) |
Velocidade | 55 km/h (34,2 mph) primeiras versões 46 km/h (28,6 mph) últimas versões |
As linhas angulosas romperam com a tradição de desenho alemã e em traços gerais, a silhueta inspirava-se na do T-34. No entanto as semelhanças terminavam por aí, pois o Panther era maior, possuía melhor blindagem e tinha uma longa peça de 75 mm (e 70 calibres de comprimento - 70 X 75 mm = 5,25 metros), superando a contraparte soviética. Entretanto, O Panther pecou em termos automotivos. Produzido a partir de 1943, os PzKpfw V Panther produziram-se em grande número em termos alemães. De fato, o total de 5.976 unidades produzidas eram apenas a ínfima parte da produção de tanques T-34 soviéticos (65.000 produzidos entre T-34/76 e T-34/85) e Shermans americanos (49.234 produzidos).
Apesar de ser um veiculo formidável, o Panther não atendeu as exigências propostas por Heinz Guderian. Ao Invés de gastar o tempo para assegurar que um veiculo verdadeiramente superior fosse produzido, os burocratas da Wa Prüf 6 e do Ministério do Armamento caíram na tentação de produzir à pressa, sem sequer testá-lo devidamente.[2] Diferente do T-34, o Panther nunca passou por testes detalhados de mobilidade-manobrabilidade, provavelmente por que isso seria um desastre e embaraçaria o Ministério do Armamento. Heinz Guderian sabia que o Panther era um perdedor mas foi silenciado por Saur. Além disso, a ideia de adicionar o programa do Panther como prioridade sobre os demais programas existentes (veículos de assalto e tanques) levou a uma prejudicial competição por recursos que de certa forma minaram o esforço de guerra do Terceiro Reich.[2]
A história do Panther foi marcada por verdadeiros exemplos de problemas automotivos, na sua estreia de combate, na grande ofensiva Alemã em Kursk, 1943. O motor de 2 Panthers se incendiaram logo quando os mesmos estavam a sair dos trens de carga, dando uma ênfase a expressão "batismo de fogo".[3]
O Panther era poderoso. A arma era excepcional, a armadura frontal era decente, e essas qualidades fizeram do Panther um destruidor de longo alcance. Mas os problemas automotivos do Panther estavam além da tecnologia automotiva da época. Era simplesmente impraticável criar um tanque médio de combate de 45 toneladas com um motor de 600 hp com direção neutra usando as tecnologias alemãs da metade dos anos 40. O resultado foi um tanque muito temido quando chegava aos campos de batalha, mas era frequentemente encontrado abandonado na beira das estradas nas zonas de guerra.
Só em 1944 o tanque se transformou numa arma realmente confiável e capaz, passando a ser considerado como o melhor tanque alemão e o melhor tanque da Segunda Guerra Mundial. Caro e complicado de produzir, o Panther era superior ao T-34/76 e aos Shermans 75 mm, mas com o decorrer do conflito, o Panther tornou-se visivelmente inferior aos novos carros de combate aliados IS-2 e M26 Pershing.
O Panther foi utilizado depois da guerra por alguns exércitos da Europa central e pelo exército francês que possuiu pelo menos dois regimentos equipados com PzKw V, recuperados entre os que foram abandonados pelos alemães, em 1944.
O canhão L/70 de 75 mm disparava um projétil com velocidade inicial de 920 m/s.