Otto Wächter
político austríaco / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Otto Gustav von Wächter (8 de julho de 1901 — 14 de julho de 1949)[1] foi um advogado austríaco, político nazista e alto membro da Schutzstaffel (SS), uma organização paramilitar subordinada ao Partido Nazista.[2][3]
Otto Wächter | |
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Nascimento | 8 de julho de 1901 Viena, Império Austro-Húngaro |
Morte | 14 de julho de 1949 (48 anos) Roma, Itália |
Cônjuge | Charlotte Bleckmann (1932–1949) |
Ocupação | Político, advogado e militar |
Serviço militar | |
País | Primeira República Austríaca Alemanha Nazista |
Serviço | Waffen-SS (1933-1945) |
Patente | Gruppenführer |
Comando | Governador do Distrito de Cracóvia (1939–1942) Governador do Distrito da Galícia (1942–1944) |
Durante a ocupação da Polônia, na Segunda Guerra Mundial, ele foi governador do distrito da Cracóvia sob o Governo Geral e depois do distrito da Galícia (atualmente parte do oeste da Ucrânia). Mais tarde, em 1944, Wächter foi apontado como o chefe da administração militar alemã na Republica de Salò, na Itália. Nos dois meses finais da guerra, foi o responsável pelo comando das forças não-alemãs da Reichssicherheitshauptamt (RSHA) em Berlim.[4]
Em 1940, cerca de 68 000 judeus foram expulsos da Cracóvia e os 15 mil sobreviventes foram, em 1941, realocados em um gueto, seguindo ordens de Otto Wächter. No fim da guerra, estava na região de Salzburgo, na Áustria. Conseguiu então evadir a captura por quatro anos. Em 28 de setembro de 1946, o novo governo polonês requisitou aos Estados Unidos que Wächter fosse levado para a Polônia para enfrentar julgamento por assassinatos em massa e outros crimes contra a humanidade. Segundo documentos, mais de 100 000 pessoas morreram no período em que Otto Wächter esteve no comando do Distrito da Cracóvia.[5]
Em 1949, Wächter recebeu refúgio nas mãos do bispo austríaco pró-nazista Alois Hudal no Vaticano até julho do mesmo ano quando faleceu, aos 48 anos, de uma doença no rim.[6]
Embora seja amplamente considerado como uma figura importante do Holocausto e um líder proeminente nas ações nazistas para liquidação da presença judaica na Europa, o filho de Wächter, Horst, afirma que seu pai era um “nazista bom”. Horst apareceu num programa americano da PBS chamado Independent Lens, num episódio intitulado "My Nazi Legacy: What Our Fathers Did", onde ele foi entrevistado e defendeu o legado do pai, tentando inocenta-lo das acusações de crimes contra humanidade. Horst afirma que seu pai “era contra a idelogia racial nazista” e afirmou que ele não era antissemita.[5] Horst acredita que seu pai “era uma engrenagem involuntária da máquina de matar nazista” e foi “condenado por assassinatos que não planejou ou executou.”[7] Essa versão do filho de Otto Wächter é, contudo, altamente contestada. Documentos oficiais nazistas relacionam Otto com diversos crimes cometidos pela Alemanha Nazista durante a guerra, como o estabelecimento e gerenciamento dos guetos e outras atividades relacionadas a implementação da "Solução Final".[8]