Operação Unfair Play
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Operação Unfair Play é uma operação da Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Federal que investigou e prendeu, no dia 5 de outubro de 2017, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman.[1] Seu braço-direito Leonardo Gryner, ex-diretor de marketing do COB e de comunicação e marketing do Comitê Rio-2016, também foi preso. A Unfair Play é um desdobramento da Operação Lava Jato que investiga a compra de votos para eleger o Rio de Janeiro como cidade-sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016.[2][3][4][5] A operação foi motivada por um pedido do Ministério Público francês, no fim de 2016, após encontrar indícios de corrupção na candidatura do Rio em investigação sobre doping no atletismo.[6]
Nuzman e Leonardo foram presos na segunda fase da operação, batizada de Unfair Play segundo tempo.[7] Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Nuzman tentou regularizar 16 barras de ouro de um quilo cada, após a primeira fase da operação.[8] Ainda de acordo com o MPF, nos últimos dez anos o patrimônio de Nuzman cresceu 457 por cento, sendo parte deste dinheiro em paraíso fiscal em ações de offshore nas Ilhas Virgens Britânicas.[8]
Enquanto Nuzman, que chegou a trazer Luiz Inácio Lula da Silva e Pelé como testemunhas,[9] negou todas as acusações,[10] o ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho declarou que gastou US$2 milhões para comprar votos de membros do Comitê Olímpico Internacional.[11] A sentença de Nuzman, que deveria ser entregue pelo juiz Marcelo Bretas no fim de 2020, ainda estava pendente em julho de 2021.[12]