Operação Escudo do Eufrates[19][20] (em turco: Fırat Kalkanı Harekâtı) foi uma ofensiva feita pelas forças armadas da Turquia e alguns grupos rebeldes sírios na região de fronteira durante a Guerra Civil Síria.[21]
Factos rápidos Beligerantes, Comandantes ...
Operação Escudo do Eufrates |
Guerra contra o Estado Islâmico, Conflito no Curdistão sírio, Guerra Civil Síria |
Situação do norte da Síria, com as setas indicando as ofensivas turcas:
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Data |
24 de agosto de 2016 - 29 de março de 2017 |
Local |
Fronteira Síria-Turquia, norte da Síria |
Desfecho |
Vitória parcial turca-rebelde |
Situação |
- Em grandes ofensivas realizadas em agosto de 2016, várias unidades do Exército Livre da Síria, apoiados diretamente por militares da Turquia, tomam 32 vilarejos das mãos do Estado Islâmico e do FDS;[1]
- Rebeldes sírios, baseados na Turquia, entram em combates com o FDS na fronteira turca. O YPG teria então recuado para o leste do Eufrates;[2]
- Combatentes da oposição síria, apoiados pelos turcos, lançam grandes ataques contra bases e aldeias controladas pelo Estado Islâmico perto da fronteira, na província de Alepo;[3]
- O Exército Turco ataca posições do Estado Islâmico no norte da Síria;[4]
- Em março de 2017, o governo turco anuncia ter conquistado seus objetivos e completado sua missão. O Estado Islâmico foi expulso de várias de suas posições no norte da Síria;
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Beligerantes |
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Comandantes |
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Forças |
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Baixas |
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540+ civis mortos (segundo o OSDH)[17][18] |
Fechar
As operações militares aconteceram na região a leste do rio Eufrates e a oste da cidade de Azaz, na província de Alepo. Militares turcos e rebelde sírios (aqueles apoiados pela Turquia), incluindo milícias ligadas ao Exército Livre da Síria, lançaram várias ofensivas contra posições do grupo fundamentalista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) e também contra as Forças Democráticas Sírias (FDS), formado primordialmente por curdos, desde 24 de agosto de 2016.[22] Conforme as semanas iam passando, a luta ia ficando mais intensa, com o exército turco avançando, mas enfrentando grande resistência dos combatentes do EIIL, mas progressos foram reportados ao longo do tempo na região da fronteira turco-síria.[23] Entre um desses avanços, estava a conquista, por parte dos rebeldes sírios, da estratégica cidade de Dabiq, no norte, a cerca de 10 km de distância da fronteira, e também das áreas vizinhas. Esta região é importante, não só militarmente, mas também ideologicamente pois várias profecias apocalípticas islâmicas dizem que aquela área era onde ocorreria uma batalha, no fim dos tempos, entre forças muçulmanas e dos seus inimigos (na época os romanos).[24]
Após sete meses de operações, o governo da Turquia anunciou, em 29 de março de 2017, que a Operação "Escudo do Eufrates" havia se encerrado e foi "um sucesso completo". Com apoio direto das forças armadas turcas, militantes do Exército Livre da Síria haviam reconquistado boa parte do norte do distrito de Alepo, expulsando os guerrilheiros grupo terrorista Estado Islâmico de suas posições na região. Os combates teriam deixado quase cinco mil combatentes e um pouco mais de quintos civis mortos, somadas as perdas de todos os lados. Apesar de ter proclamado 'vitória', a intervenção turca não teria sido completamente encerrada. Ainda assim, pelo menos 50 mil refugiados sírios baseados na Turquia teriam retornado para seus lares uma vez que as áreas em que moravam foram consideradas seguras novamente após a expulsão dos terroristas.[25]