Operação Calicute
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Operação Calicute (expandida para Operação Descobridor)[2][3] foi uma operação policial brasileira deflagrada pela Polícia Federal, em 17 de novembro de 2016, que representou a 37ª fase da Operação Lava Jato. Teve como principal alvo o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.[4] O nome é uma referência à cidade de Calicute, na costa da Índia, local de uma derrota do descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral em um episódio conhecido como "A Tormenta de Calicute".[5] Posteriormente foi desmembrada pelo Supremo Tribunal Federal[6] e se juntou à Operação Radiotividade, no Rio de Janeiro, conduzida pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7º vara federal do Rio.[7]
Pessoas presas | 73 prisões preventivas, 28 temporárias[1] |
Mandados de buscas e apreensões | 281[1] |
Mandados de conduções coercitivas | 35[1] |
Condenados | 37[1] |
Acordos com pessoas | 16 acordos de colaboração premiada homologados[1] |
Sentenças | 6 [1] |
Operações em conjunto MPF, PF e RF | 20[1] |
Dinheiro recuperado | R$ 452,2 milhões[1] |
Solicitação de reparação | R$ 2,34 bilhões[1] |
Soma das penas condenatórias | 523 anos e 8 meses de reclusão[1] |
Última atualização: 14 de março de 2018. |
A Calicute apura crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa nas obras para a urbanização em Manguinhos (PAC Favelas), construção do Arco Metropolitano e reforma do estádio do Maracanã para a Copa de 2014.[8]
Entre 1º de agosto de 2014 a 10 de junho de 2015, quase 40 milhões de reais teriam sido movimentados no Brasil, enquanto mais de 317,8 milhões de reais teriam sido movimentados no exterior, entre depósitos em contas, diamantes guardados em cofres e quatro quilos e meio de ouro.[9]
Posteriormente, em janeiro de 2017, surgiu a Operação Eficiência, que prendeu o empresário Eike Batista sendo um desdobramento da Calicute. Sérgio Cabral também foi alvo da Eficiência, e teve um mandado de prisão expedido pelo juiz federal Marcelo Bretas,[10] e no mês seguinte, a Operação Mascate, que prendeu um operador financeiro de Cabral.[11][12] Em março de 2017, a PF deflagrou a Operação Tolypeutes, que investigou pagamento de propina sobre contratos da linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro.[13]