L'anti-Œdipe
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L'Anti-Œdipe: Capitalisme et schizophrénie (em português: O anti-Édipo: capitalismo e esquizofrenia 1) é um livro de 1972 escrito em conjunto pelos filósofos franceses Gilles Deleuze e Félix Guattari, sendo Guattari também psicanalista.[1] É o primeiro de dois volumes da obra teórica Capitalismo e esquizofrenia, seguido por Mil Platôs, o segundo volume da obra. Em o anti-Édipo, Deleuze e Guattari analisam a relação do desejo de realidade através da esquizofrenia, psicose e da sociedade capitalista, abordando temas como economia, sociedade, psicologia humanista, artes, literatura, civilização, psiquiatria e história.[2]
L'Anti-Œdipe | |||||||
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O anti-Édipo: capitalismo e esquizofrenia 1 | |||||||
Capa da edição francesa | |||||||
Autor(es) | Gilles Deleuze e Félix Guattari | ||||||
País | França | ||||||
Gênero | |||||||
Série | Capitalisme et schizophrénie | ||||||
Editora | Minuit | ||||||
Lançamento | 1972 | ||||||
Páginas | 494 | ||||||
Edição portuguesa | |||||||
Tradução | Joana M. Varela e Manuel M. Carrilho | ||||||
Editora | Assírio & Alvim | ||||||
Lançamento | 1995 | ||||||
Páginas | 430 | ||||||
ISBN | 978-972-37-0181-4 | ||||||
Edição brasileira | |||||||
Tradução | Luiz B. L. Orlandi | ||||||
Editora | Editora 34 | ||||||
Lançamento | 2010 | ||||||
Páginas | 560 | ||||||
ISBN | 978-85-7326-446-3 | ||||||
Cronologia | |||||||
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Em o anti-Édipo, Deleuze e Guattari delineiam uma psiquiatria materialista[3] que é modelada pela relação entre o inconsciente e os processos produtivos construídos sobre o conceito de produção desejante – que inter-relacionam as máquinas desejantes e o corpo sem órgãos (CsO). Também constroem uma crítica à psicanálise de Sigmund Freud, principalmente quanto à centralização que esta dá ao complexo de Édipo. Ainda, os autores reaproveitam a concepção materialista da história de Karl Marx, que considera a história dos modos de produção o meio de desenvolvimento das sociedades "primitivas, despóticas e capitalistas" para sociedades que, em última instância, também são transformadas pelo processo forçado de edipianização, o qual equivale à traição do desejo, pois uniformiza os sujeitos e os transforma numa massa homogênea. Deleuze e Guattari detalham as diferentes organizações de produção, inscrição e consumo, desenvolvendo uma prática crítica que denominam como esquizoanálise.[nota 1]