O Nascimento de uma Nação
filme de 1915 dirigido por D. W. Griffith / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
The Birth of a Nation (prt/bra: O Nascimento de uma Nação)[3][4][5][6] é um filme mudo estadunidense de 1915, dos gêneros drama histórico e guerra, dirigido por D. W. Griffith, com roteiro de Frank E. Woods e do próprio Griffith, baseado no romance "The Clansman: An Historical Romance of the Ku Klux Klan", de Thomas Dixon, Jr., publicado em 1905 e adaptado para o teatro no ano seguinte.[7]
O Nascimento de uma Nação | |
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The Birth of a Nation | |
Cartaz promocional do filme. | |
Estados Unidos 1915 • p&b • 133–193 min | |
Gênero | drama histórico guerra |
Direção | D. W. Griffith |
Produção | D. W. Griffith Harry Aitken[1] |
Roteiro |
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Baseado em | The Clansman: An Historical Romance of the Ku Klux Klan de Thomas Dixon, Jr. |
Elenco | Lillian Gish Mae Marsh Henry B. Walthall Miriam Cooper Ralph Lewis George Siegmann Walter Long |
Música | Joseph Carl Brell |
Cinematografia | Billy Bitzer |
Edição | D. W. Griffith |
Companhia(s) produtora(s) | David W. Griffith Corp. |
Distribuição | Epoch Producing Co. |
Lançamento |
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Idioma | mudo (intertítulos em inglês) |
Orçamento | US$ 100.000+[2] |
Receita | US$ 50–100 milhões[2] |
Lançado em 8 de fevereiro de 1915, o filme era originalmente apresentado em duas partes, separadas por um intervalo, e relata a vida de duas famílias durante a Guerra de Secessão (1861-1865) e a subsequente Reconstrução dos Estados Unidos (1865-1877): os Stonemans, nortistas pró-União, e os Camerons, sulistas pró-Confederação. O assassinato de Abraham Lincoln por John Wilkes Booth é dramatizado no filme.
A produção, assim como o diretor Griffith foram muito elogiados pelo cineasta russo Sergei Eisenstein no livro "A Forma do Filme", no capítulo "Dickens, Griffith e Nós", no qual compara a técnica de Griffith à do escritor Charles Dickens.[8][9]
Apesar do enorme sucesso comercial, o longa foi altamente criticado por retratar os afro-americanos (interpretados por atores brancos com as caras pintadas de negro) como ignorantes e sexualmente agressivos em relação às mulheres brancas, e também por apresentar a Ku Klux Klan (cuja fundação original é romantizada) como uma força heroica.[10][11] Os protestos contra "O Nascimento de uma Nação" foram generalizados,[12] e o filme acabou banido de várias cidades. A queixa de que se tratava de um filme racista foi tão grande que inspirou D. W. Griffith a produzir "Intolerância" no ano seguinte.[13]
Acredita-se que o lançamento do filme tenha sido um dos fatores do ressurgimento da Ku Klux Klan em Stone Mountain, na Geórgia, naquele mesmo ano; o filme seria usado pela Ku Klux Klan como ferramenta de recrutamento até meados da década de 1970.[14]
Primeiro filme exibido na Casa Branca, "O Nascimento de uma Nação" é importante por suas inovações técnicas, embora tenha glorificado a escravatura e justificado a segregação racial, alinhado com o movimento denominado Lost Cause. Por outro lado, o filme garantiu o futuro dos longa-metragens e solidificou vários ícones da linguagem cinematográfica. Estreou em 8 de fevereiro de 1915, em Los Angeles, com o título de "The Clansman", rebatizado três meses depois, antes de estrear em Nova Iorque, como "O Nascimento de uma Nação", simbolizando que, antes da Guerra Civil, os Estados Unidos eram uma grande coalizão de estados antagonistas, e que a conquista do sul pelo norte finalmente fortaleceu a União.[15]