Nuno Mendes
conde de Portucale / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Nuno Mendes (? — fevereiro de 1071) foi o derradeiro conde de Portucale descendente da família de Vímara Peres. Filho do conde Mendo Nunes, a quem sucedeu por volta de 1050. Padroeiro do Mosteiro de Guimarães,[1] aparece pela primeira vez na cúria régia do rei Fernando I em 1059, e com o título do conde em 1070 quando confirmou uma doação do rei Garcia.[2]
As suas aspirações a uma maior autonomia dos portucalenses face ao Reino de Leão levaram-no a enfrentar Garcia I da Galiza e a reclamar o título de Portugal em 1070.[1] Em 18 de fevereiro de 1071 trava-se a batalha de Pedroso,[1][3] junto do Mosteiro de Tibães a qual teve como desfecho final a sua derrota - e morte, travando assim as ambições dos barões portucalenses. A notícia desta batalha é mencionada nos Anais Velhos de Portugal:
“ | Na Era de 1109, no mês de Fevereiro, os Portucalenses travaram uma batalha contra o rei D. Garcia, filho do rei D. Fernando. O seu chefe nessa batalha era o conde Nuno Mendes. Morreu nela e todos os seus fugiram. O rei teve vitória sobre eles no lugar chamado Pedroso, entre Braga e o rio Cávado.[4] | ” |
Sabe-se que possuía bens em Nogueira, Santa Tecla, Dadim, Cerqueda, Gualtar e Barros (Braga), que lhe foram confiscados por ocasião da sua derrota, e uma parte dos bens foram dados depois por Afonso VI de Leão à filha do conde Nuno, Loba, e a seu genro, o alvazil Sisnando Davides.[2][5] Terá ainda fundado o mosteiro de Caramos onde hoje se encontra edificada a Igreja Conventual de Caramos. O seu inimigo rei Garcia não teria melhor sorte, pois no ano seguinte seria preso pelo irmão Afonso VI de Leão, assim vivendo até falecer em 1090; em 1094, o condado de Portucale seria restaurado na pessoa de Henrique de Borgonha, conde de Portucale.