Nicolau II da Rússia
monarca russo / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Nicolau II (em russo: Николáй Алексáндрович Ромáнов; romaniz.:Nikolái Alieksándrovich Románov; Tsarskoye Selo, 18 de maio; 6 de maio no calendário juliano de 1868 — Ecaterimburgo, 17 de julho de 1918), cognominado "São Nicolau, o Portador da Paixão", pela Igreja Ortodoxa Russa,[i] foi o último Imperador e Autocrata de Todas as Rússias, Rei da Polônia, Grão-Duque da Finlândia e Comandante-em-Chefe das Forças Terrestres do Império Russo.
Nicolau II | |
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Imperador e Autocrata de Todas as Rússias Rei da Polônia e Grão-Duque da Finlândia | |
Imperador da Rússia | |
Reinado | 1 de novembro de 1894 a 15 de março de 1917 |
Coroação | 26 de maio de 1896 |
Antecessor | Alexandre III |
Sucessor | Miguel II[n 1][2] |
Grão-Duque da Finlândia | |
Reinado | 1 de novembro de 1894 a 15 de março de 1917 |
Antecessor | Alexandre III |
Sucessor | título abolido (Frederico Carlos I como Rei a partir de 1918) |
Nascimento | 18 de maio de 1868 |
Palácio de Alexandre, Tsarskoye Selo, Rússia | |
Morte | 17 de julho de 1918 (50 anos) |
Casa Ipatiev, Ecaterimburgo, RSFS da Rússia | |
Sepultado em | 17 de julho de 1998, Catedral de Pedro e Paulo, São Petersburgo, Rússia |
Nome completo | Nicolau Alexandrovich Románov |
Esposa | Alice de Hesse e Reno |
Descendência | Olga da Rússia Tatiana da Rússia Maria da Rússia Anastásia da Rússia Alexei, Czarevich da Rússia |
Casa | Romanov |
Pai | Alexandre III da Rússia |
Mãe | Dagmar da Dinamarca |
Religião | Ortodoxa Russa |
Assinatura |
Filho de Alexandre III, governou desde a morte do pai, em 1 de novembro de 1894, até sua abdicação em 15 de março de 1917, quando renunciou em seu nome e no nome de seu herdeiro, passando o trono para seu irmão, o grão-duque Miguel Alexandrovich, que governou o país durante um dia. Durante seu reinado viu a Rússia decair de uma potência do mundo para um desastre econômico e militar. Foi extremamente criticado por causa da Tragédia de Khodynka, pelo Domingo Sangrento e pelos fatais pogroms antissemitas que aconteceram na época de seu reinado. Como Chefe de Estado, aprovou a mobilização de agosto de 1914 que marcou o primeiro passo fatal em direção à Primeira Guerra Mundial, a revolução e consequente queda da dinastia Romanov.
O seu reinado terminou com a Revolução Russa de 1917, quando, tentando retornar do quartel-general para a capital, seu trem foi detido em Pskov e ele foi obrigado a abdicar.[3] A partir daí, o czar e sua família foram aprisionados, primeiro no Palácio de Alexandre em Tsarskoye Selo, depois na Casa do Governador em Tobolsk e finalmente na Casa Ipatiev em Ecaterimburgo. Nicolau II, sua mulher, seu filho, suas quatro filhas, o médico da família imperial, um servo pessoal, a camareira da imperatriz e o cozinheiro da família foram executados no porão da casa pelos bolcheviques na madrugada de 16 para 17 de julho de 1918. É conhecido que esse evento foi ordenado de Moscou por Lenin e pelo também líder bolchevique Yakov Sverdlov.[4] Mais tarde Nicolau e sua família foram canonizados como neomártires por grupos ligados à Igreja Ortodoxa Russa no exílio.