Neopaganismo germânico
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O neopaganismo germânico, etenismo/etenaria (do inglês heathenism, heathenry) ou Odinismo é a reconstrução da antiga religião praticada durante séculos pelos germânicos,[1] referente a todos os povos de sua origem. A reconstrução das antigas tradições germânicas começou com o auge do Romantismo no século XIX. No século XX, durante a década de 60, viu-se um aumento nos grupos que retomaram as práticas da religião germânica pré-cristã.[2]
O neopaganismo germânico caracteriza-se pelo culto a natureza, aos ancestrais, crenças politeístas e animistas. Embora em grande parte não exista um consenso geral entre diferentes grupos e indivíduos que vem a praticar essa forma de paganismo, não há assim uma estrutura central religiosa, dogmática ou ortodoxa, isso faz com que existam diversas vertentes e movimentos dentro do neopaganismo germânico, que são classificados de acordo com a sua focalização, identificado em sua nomenclatura qual povo germânico a devida tradição vem a praticar, em seu contexto regional. A atitude e focalização dos aderentes pode variar consideravelmente, desde o reconstrucionismo estrito historicamente falando, ao eclético, pragmático e até místico e ocultista. As posições em relação a quem pode praticar o neopaganismo germânico também variam muito, havendo desde grupos com postura racista, até grupos totalmente antirracistas, não sendo esse um ponto pacífico entre os mais diversos grupos.[3]
Diferente do senso comum, germânico não é sinônimo de alemão, mas refere-se a todos os povos com origem na parte setentrional do continente europeu, incluindo regiões que pertencem a países como Áustria e Suíça, no continente, Escandinávia (Dinamarca, Suécia e Noruega), Islândia e Inglaterra, principalmente, embora ondas de povos germânicos como suevos e visigodos tenham se estabelecido na península Ibérica e os vândalos no norte da África. Todos esses povos estão dentro do grupo linguístico que proveio do idioma germânico comum, e possuíam cultura e religiões bastante similares, que foram suprimidos pelo cristianismo, mas, nas últimas décadas, passaram a ser revividos.[1]