Negacionismo histórico
negação ou revisão distorcida da história / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O negacionismo histórico é a falsificação[1][2] ou distorção do registro histórico. Para a professora da UFRGS e historiadora Caroline Bauer, o negacionismo histórico não envolve somente a negação pura e simples de um fato, mas envolve atos deliberados de: conspiração, distorção, falseamento, manipulação, mentira, mitificação, omissão e imprecisão.[3] Além disso, essa forma de negacionismo pode ser usada como um mecanismo de defesa psicológico para aliviar a ansiedade gerada por uma realidade difícil.[3]
O negacionismo histórico não deve ser confundido com revisionismo histórico, termo mais amplo que se aplica também a reinterpretações acadêmicas da história que possuem melhor fundamentação.[4] Ao tentar revisar o passado, o revisionismo histórico ilegítimo pode agir de diferentes formas, como apresentar documentos falsificados como genuínos, inventar razões engenhosas mas implausíveis para desconfiar de documentos genuínos, manipular séries estatísticas para apoiar seu ponto de vista e deliberadamente realizar más traduções de textos.[5]
Alguns países, como a Alemanha, criminalizaram o revisionismo negacionista de certos acontecimentos históricos, enquanto outros adotam uma postura mais cautelosa por diversos motivos, como a proteção à liberdade de expressão. Há ainda os países que exigem visões negacionistas, como a o Japão, onde crianças em idade escolar são explicitamente impedidas de aprender sobre os crimes de guerra japoneses.[6][7]
Exemplos notáveis de negacionismo incluem a negação do Holocausto, do genocídio armênio, o mito da Wehrmacht inocente e a negação de crimes de guerra cometidos pelo Japão. No Brasil, um exemplo de negacionismo histórico é o negacionismo da ditadura militar brasileira.