Moçárabes
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Os moçárabes[1] (do árabe مستعرب musta'rib, "arabizado")[2] eram cristãos ibéricos que viviam sob o governo muçulmano em Al-Andalus. Os seus descendentes não se converteram ao Islão, mas adotaram elementos da língua e cultura árabe. Eram, principalmente, católicos romanos de rito visigótico ou moçárabe.
Moçárabes |
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População total |
Regiões com população significativa |
Al-Andalus |
Línguas |
moçárabe |
Religiões |
Os moçárabes eram descendentes dos antigos cristãos hispano-góticos que se tornaram falantes do árabe durante o domínio muçulmano. Alguns eram cristãos árabes e berberes, juntamente com convertidos muçulmanos ao cristianismo, os quais, na qualidade de falantes do árabe, sentiam-se à vontade entre os moçárabes originais.[3]
Dentre os cristãos ibéricos que viviam na Espanha muçulmana muitos não descendiam, necessariamente, de cristãos de Al-Andalus. Aqueles que provinham de outras regiões são chamados pelo arabista Mikel de Epalza de neomoçárabes. Poderiam ser europeus do norte como os cristãos da costa mediterrânea da Itália e França, Saqaliba das tropas militares (escravos e mercenários eslavos no mundo medieval árabe e islâmico) que conservavam a sua religião de origem catalã, vítimas de razia muçulmana e ataque de piratas ou bascos; escravos cristãos que mantinham sua religião; comerciantes catalães, genoveses e pisanos. Todos eles foram para a Península Ibérica e adotaram o árabe, entrando assim na comunidade moçárabe.[4]
Segundo a Dra. Maria Jesús Rubiera, a utilização do termo neomoçárabe enriquece o conceito de cristãos andalusinos, pois trata de modificar a imagem estática e imutável da relação entre o Estado islâmico e os cristãos que viviam sob o seu domínio.[4]