Miklós Horthy
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Miklós Horthy de Nagybánya (Kenderes, 18 de junho de 1868 – Estoril, 9 de fevereiro de 1957) foi um almirante e estadista húngaro que se tornou regente do Reino da Hungria no período entreguerras e durante grande parte da Segunda Guerra Mundial (de 1 de março de 1920 a 15 de outubro de 1944).
Miklós Horthy | |
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Regente da Hungria | |
Período | 1 de março de 1920 a 15 de outubro de 1944 |
Monarca | Vacante |
Primeiro-ministro | Lista
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Vice | István Horthy (1942) |
Sucessor(a) | Ferenc Szálasi (como Líder da Nação) |
Dados pessoais | |
Nome completo | Miklós Horthy de Nagybánya |
Nascimento | 18 de junho de 1868 Kenderes,Jász-Nagykun-Szolnok, Áustria-Hungria |
Morte | 9 de fevereiro de 1957 (88 anos) Estoril, Estremadura, Portugal |
Progenitores | Mãe: Paula Halassy Pai: István Horthy |
Alma mater | Imperial e Real Academia Naval |
Esposa | Magdolna Purgly (1901–1957) |
Filhos(as) | 4 |
Serviço militar | |
Lealdade | Áustria-Hungria |
Serviço/ramo | Marinha Austro-Húngara |
Anos de serviço | 1896–1918 |
Graduação | Vice-almirante |
Conflitos | Primeira Guerra Mundial |
Iniciou a sua carreira militar em 1896, como subtenente da Marinha Austro-Húngara, e alcançou o posto de vice-almirante, em 1918. Participou da Batalha do Estreito de Otranto e tornou-se Comandante em chefe da Marinha no último ano da Primeira Guerra Mundial, substituindo o comandante anterior que fora destituído pelo imperador Carlos I, depois de uma sequência de motins. Após a derrota do Império Austro-Húngaro na guerra, ocorre uma série de revoluções, além de intervenções externas na Hungria, por parte da Romênia, da Tchecoslováquia e da Iugoslávia. Horthy retorna a Budapeste em 1919, com as forças armadas nacionais, sendo posteriormente convidado, pelo parlamento, para se tornar regente do reino.
Horthy instaurou um governo nacional-conservador, teve como grandes atos a proibição da existência de partidos comunistas e a adoção de uma política que visava retomar os territórios perdidos com o tratado de Trianon. O antigo soberano, Carlos IV, tentou em vão recuperar o trono, por duas vezes, sem sucesso, até que, em 1921, o parlamento efetivamente destronou os Habsburgos, permanecendo então o sólio vago de direito para todo o sempre.
Na década seguinte, a de 1930, a já mencionada política do regente, levou a uma aliança com a Alemanha Nazista. Com o apoio do governante alemão Adolf Hitler, a Hungria foi capaz de recuperar terras húngaras perdidas. Sob sua liderança, a Hungria participou das invasões da União Soviética e da Iugoslávia. No entanto, vários atos de Miklós ao longo dos anos, como a contribuição com os esforços de guerra e a deportação de judeus húngaros, contradizendo com as tentativas de um acordo de paz com os Aliados, levaram os alemães a invadir e tomar o controle do país em março de 1944. Em outubro do mesmo ano o regente anunciou que o país iria render-se e retirar-se do Eixo. Mas os alemães não deixariam essa posição do antigo aliado barata; ele foi forçado a renunciar, acabou preso e levado para a Alemanha, lá permanecendo até o final da guerra, quando foi libertado.
Foi testemunha no Tribunal de Nuremberg e em 1948 Miklós se estabeleceu e viveu em Portugal. Suas memórias Ein Leben für Ungarn (Uma vida para a Hungria), foram publicadas primeiramente em 1953. Horthy continua a ser ainda hoje uma figura que causa divisão, incertezas e tristezas na Hungria de hoje. A Hungria foi sob sua regência real, o único país da história que tinha como política estatal, ter um trono real vago,[1] assim como a Alemanha do III Reich (aliada da Hungria) tinha também como política ter um trono imperial vago.