Medina Alzahira
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A Medina Alzahira (em árabe: ﺍﻟﻤﺪﻳﻨـة ﺍﻟﺰﺍﻫﺮة; romaniz.: Madīnat al-Zāhira; "a cidade resplandecente") foi a cidade-palácio construída por Almançor, hájibe do Califado de Córdova, perto de Córdova, a leste desta, à beira do rio Guadalquivir, no terceiro quartel do século X. Foi construída não só para ser a residência da família daquele que era o homem mais poderoso do califado, que na prática governava, relegando o califa Hixame II para um papel meramente simbólico, mas também como um símbolo e sede de poder, com a pretensão de suplantar a Medina Azara, a cidade-palácio dos califas, situada 5 km a oeste da capital.[1][2]
A cidade-palácio foi construída como uma fortaleza inexpugnável,[3] para ser mais facilmente defendida na eventualidade de revoltas ou ataques do califa ou de forças daqueles que viam com maus olhos o poder praticamente absoluto de Almançor.[carece de fontes?] A data de início da construção varia conforme as fontes, entre 978 e 981,[3] mas as obras só terminaram completamente em 989,[4][5] quando a Medina Alzahira já se tinha tornado o segundo centro administrativo do califado,[6][7][8][9] função que manteve até fevereiro de 1009, quando foi completamente destruída.[4]
Não se conhecem quaisquer ruínas da cidade nem onde se sabe onde se situava exatamente, apesar de haver algumas hipóteses plausíveis para a sua localização. À exceção de escassas peças arqueológicas com relação com a cidade, o que se sabe dela provém de fontes escritas, nomeadamente do “al-Bayān al-Mughrib”, uma história do Magrebe e do al-Andalus escrita pelo historiador marroquino ibne Idari em 1312, e de alguns elementos disseminados de obras de outros autores, como o sevilhano al-Fath ibn Khaqan (c. 1087–1134 ou 1160) e os cordoveses al-Ramadi (917–1012 ou 1013) e ibne Hazme (994–1064).[carece de fontes?] Ibne Saíde Almagribi (1213–1286) escreveu uma obra dedicada a Medina Alzahira — “O livro das esplêndidas maravilhas sobre a beleza da capital al-Zāhira”; (em árabe: Kitāb al-badāʿiʿ al-bāhira fī ḥulà ḥaḍrāt al-Zāhira) — a qual se perdeu.[10]