Mata-Maroto
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São conhecidas como Mata-Maroto (também denominada Abrilada[1] ou Abrilhada[2]) as lutas que se sucederam entre brasileiros e portugueses, em Salvador e em algumas vilas do Recôncavo e do sertão da então Província da Bahia, no contexto do Período Regencial, entre 1831 e 1840.
Os conflitos entre separatistas e conservadores, no contexto da emancipação brasileira, não ficaram restritos aos espaços políticos nem às batalhas militares. Eles também se refletiam na esfera social, com perseguições e linchamentos. Um exemplo claro é o caso de perseguição ao cabo de milícias Melquiades José Dias Macieira pelas ruas do Caquende, em Salvador, Bahia.[3]
O que parecia ser um dia normal para este cabo se transformou em uma situação de ameaça à sua vida: um grupo de nove pessoas, ao identificá-lo como português, correu em sua direção gritando “mata que é maroto!”. O adjetivo, de conotação bastante pejorativa foi dado por brasileiros a lusitanos como forma de xingamento. Ser reconhecido como “maroto”, dependendo do local onde a pessoa se encontrava, poderia significar morte.[3]
Melquiades procurou seus companheiros portugueses para proteção, e conseguiu. Alguns integrantes do grupo de amotinados, que era composto por 5 militares, 4 paisanos e 1 miliciano, foram presos, mas outros conseguiram fugir.[3]