Marxismo cultural
teoria da conspiração / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O marxismo cultural é uma teoria da conspiração antissemita de extrema-direita que reivindica o marxismo ocidental como a base de alegados esforços académicos e intelectuais contínuos para subverter a cultura ocidental.[1][2][3] A teoria da conspiração alega que uma elite de teóricos marxistas e intelectuais da Escola de Frankfurt estão a subverter a sociedade ocidental com uma guerra cultural que mina os valores cristãos do conservadorismo tradicionalista e promove os valores culturais do multiculturalismo e contracultura da década de 1960, política progressista e politicalmente correta, falseada como política identitária criada pela teoria crítica.[2][3][4]
Com raízes no termo "Bolchevismo Cultural", inventado pela propaganda nazista dos anos 1930, a teoria conspiratória do marxismo cultural assumiu sua atual roupagem a partir da década de 1990, nos Estados Unidos.[5](Introdução) Embora originalmente encontrada apenas na política marginal de extrema-direita, o termo começou a entrar no discurso mainstream na década de 2010 e encontra-se agora disseminada em abrangência global.[5] A teoria da conspiração de uma guerra cultural marxista é promovida por políticos de direita, líderes religiosos fundamentalistas, comentadores políticos na grande imprensa e televisão, e terroristas supremacistas brancos.[6] A análise académica da teoria da conspiração concluiu que esta não tem, de facto, nenhuma fundamentação.[5][7]
No Brasil seu principal proponente é Olavo de Carvalho,[8] além de Marcel van Hattem,[9] o Instituto Liberal,[10] Rodrigo Constantino do Instituto Millenium,[11] os proponentes do Escola sem Partido,[12][13] o padre católico Paulo Ricardo.[14] Jair Bolsonaro e vários membros do seu governo,[15] dentre eles o ex-ministro da educação, Ricardo Vélez Rodríguez[16] e o das relações exteriores, Ernesto Araújo,[17] também acreditam na existência de tal conspiração. Em Portugal, o principal proponente da teoria da conspiração é André Ventura[18] e o partido do qual é líder,[19][20] bem como o antigo Partido Cidadania e Democracia Cristã,[21] absorvido ao supracitado em 2020.[22]