Margaret Sanger
enfermeira, sexóloga, escritora e ativista racista norte-americana / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Margaret Higgins Sanger ou Margaret Louise Higgins (Corning, 14 de setembro de 1879 – 6 de setembro de 1966) foi uma enfermeira, sexóloga, escritora e ativista do controle de natalidade norte-americana, cujas ações acenderam debates sobre possíveis consequências eugenistas do uso inapropriado desta prática.
Margaret Sanger | |
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Retrato de Margaret Sanger no ano de 1922. | |
Nome completo | Margaret Louise Higgins |
Nascimento | 14 de setembro de 1879 Corning, em Nova Iorque |
Morte | 6 de setembro de 1966 (86 anos) Tucson, no Arizona |
Nacionalidade | norte-americano |
Cônjuge | William Sanger (1902-1913) James Noah H. Slee (1921-1966) |
Ocupação | enfermeira |
Sanger foi a responsável pela popularização do termo "birth control" (controle de natalidade, em português) nos Estados Unidos, abrindo o primeiro centro de planejamento de natalidade no país, e outros estabelecimentos ligados à organização Planned Parenthood Federation of America.
Em 1914, Sanger foi processada pelos Estados Unidos, sob às leis do Ato Federal Comstock, de 1873. As leis do Ato Comstock proibiam a circulação, venda e produção de toda literatura com qualquer tipo de conteúdo sexual, erótico ou informações e ativismo sobre controle de natalidade, seja sobre contraceptivos ou aborto. Com medo do que poderia acontecer, Sanger se refugiou nos países britânicos até que fosse seguro retornar aos Estados Unidos.[1]
Por sua ligação à organização Federação de Paternidade Planejada da América, Sanger foi, e ainda é, alvo frequente dos críticos do aborto. Entretanto, o Planned Parenthood Federation of America passou a realizar abortos apenas em 1970, quatro anos após sua morte. A ONG, fundada em 1916, funciona até hoje, e é responsável por metade dos abortos legais nos Estados Unidos,[2] além de globalmente oferecer serviços como educação sexual e controle de natalidade, inclusive no Brasil.[3]
Em 1916, Sanger fundou a primeira clínica de controle de natalidade nos Estados Unidos. Também foi o ano em que foi presa, após entregar um panfleto com informações sobre contraceptivos para um policial à paisana.[4] Sanger usou a oportunidade para se manifestar contrária aos atos de censura impostos pelo Ato Comstock, e sua detenção causou barulho no país. Ao prenderem Sanger, os policiais pilharam a clínica, levando diversos registros médicos confidenciais.[carece de fontes?]
Entre suas intenções com a clínica, estava o desejo de prevenir as mulheres contra clínicas de aborto ilegais, com procedimentos médicos perigosos e duvidosos,[4] que eram normais na época.[5] Apesar de advogar pela causa dos direitos das mulheres e acreditar que o aborto pudesse ser justificado, Sanger era contrária à prática ilegal, acreditando que o procedimento deveria ser evitado por ser perigoso, e em seu lugar a prevenção e contraceptivos tivessem destaque. Em sua concepção, a única cura para o aborto era a prevenção.[6]
Foi presidente da Planned Parenthood, de 1952 a 1959, que tinha sede na Índia, e faleceu em 1966, sendo considerada por muitos como a fundadora do moderno movimento pró-aborto.