Manifestações golpistas no Brasil após as eleições de 2022
Protestos, manifestações e bloqueios de estradas em vários estados brasileiros após a eleição presidencial brasileira de 2022 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
As manifestações golpistas no Brasil após as eleições de 2022 constituíram uma série de protestos, bloqueios em rodovias e atos terroristas que começaram logo após a finalização da eleição presidencial, em 30 de outubro. Eles foram organizados e financiados por grupos de extrema-direita formados por pessoas que não reconheceram a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva no processo eleitoral e que pediam por um golpe militar para impedir a sua posse como Presidente do Brasil.[2][3][4][15]
Manifestações golpistas no Brasil após as eleições de 2022 | |||||||||
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Participantes do protesto | |||||||||
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Os protestos tinham em comum a reivindicação de que ocorresse o que os manifestantes chamavam de "intervenção militar constitucional", um conceito jurídico inexistente que provém da interpretação errada do artigo 142 da Constituição brasileira de 1988.[16] Apoiadores do candidato derrotado Jair Bolsonaro, especialmente caminhoneiros, montaram bloqueios de estradas em pelo menos 23 estados brasileiros e no Distrito Federal, que começaram a registrar as primeiras barreiras rodoviárias em 1.º de novembro.[17][18] Militantes bolsonaristas também se aglomeraram ao redor de quartéis do Exército Brasileiro.[2][3]
Os bloqueios rodoviários foram amplamente criticados por diversos setores da sociedade[19][20][21] por terem provocado grandes perdas de alimentos, desabastecimento de produtos essenciais como alimentos, combustíveis e remédios, impedimento do direito de ir e vir, cancelamento de voos, vandalismos e violência, além de episódios de atropelamentos, agressões e mortes,[22] bem como uma tentativa de atentado a bomba no Aeroporto de Brasília. Após as invasões e depredações das sedes dos Três Poderes ocorridas no dia 8 de janeiro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o desmonte dos acampamentos bolsonaristas em todas as capitais do país.[23]
As redes de financiamento e logística responsáveis pela organização e propagação dos bloqueios, acampamentos e manifestações, tiveram como base empresários do agronegócio, do garimpo, de madeireiras e do setor do transporte.[24]