Luís IX de França
rei da França de 1226 a 1270 e santo católico / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Luís IX (Poissy, 25 de abril de 1214 – Tunes, 25 de agosto de 1270), mais conhecido como São Luís, foi o Rei da França de 1226 até sua morte e um santo da Igreja Católica. Era filho do rei Luís VIII e da rainha Branca de Castela, que governou o reino como regente até São Luís adquirir a maioridade. Foi o 42.º rei da França, a contar de Clóvis I, e o nono rei da dinastia capetiana a ocupar o trono da França.
Luís IX | |
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Representação contemporânea de Luís na Bíblia de São Luís, c. 1226-1234. | |
Rei da França | |
Reinado | 8 de novembro de 1226 a 25 de agosto de 1270 |
Coroação | 29 de novembro de 1226 |
Antecessor(a) | Luís VIII |
Sucessor(a) | Filipe III |
Regente | Branca de Castela (1226–1234) |
Nascimento | 25 de abril de 1214 |
Poissy, França | |
Morte | 25 de agosto de 1270 (56 anos) |
Tunes, Haféssida | |
Sepultado em | Basílica de Saint-Denis, Saint-Denis, França |
Esposa | Margarida da Provença |
Descendência | Isabel, Rainha de Navarra Luís de França Filipe III de França João Tristão, Conde de Valois Pedro, Conde de Perche e Alençon Branca de França Margarida, Duquesa de Brabante Roberto, Conde de Clermont Inês, Duquesa da Borgonha |
Casa | Capeto |
Pai | Luís VIII de França |
Mãe | Branca de Castela |
Religião | Catolicismo |
São Luís IX de França | |
Canonização | 11 de julho de 1297 por Papa Bonifácio VIII |
Principal templo | Sainte-Chapelle (França); Catedral Basílica de St. Louis (Estados Unidos) |
Festa litúrgica | 25 de agosto |
Atribuições | Representado como Rei da França, com uma coroa e um cetro e com um manto de flores-de-lis. Comumente aparece com a Coroa de Espinhos.
Padroeiro da Arquidiocese e da cidade de São Luís do Maranhão. Padroeiro da Diocese e da cidade de Cáceres - Mato Grosso. |
Era um homem de alto porte, de grande beleza, muito imponente. Ele atraía, incutia profundo respeito e suscitava grande amor. Tinha o todo de um guerreiro terrível na hora do combate, mas era o Rei mais pomposo e mais decoroso do seu tempo.[1]
Quando adulto, Luís enfrentou conflitos recorrentes com poderosos nobres, consolidando a supremacia real levada a cabo por seu avô Filipe Augusto, além de ter derrotado o rei Henrique III de Inglaterra em suas tentativas de restaurar o Império Plantageneta. Após anexar a maior parte das antigas terras inglesas na França, assinou o Tratado de Paris com a Inglaterra colocando fim aos cem anos de rivalidade franco-inglesa.
Foi um rei reformador e lançou as bases da justiça real francesa, na qual o rei era o juiz supremo a quem qualquer pessoa era capaz de apelar para buscar a emenda de um julgamento. Proibiu julgamentos por provação, tentou impedir as guerras privadas que estavam assolando o país e introduziu a presunção de inocência no processo criminal. Era admirado por seus súditos e por toda a Europa como um rei extremamente justo. Chegava a ficar várias vezes na semana sob um carvalho no Castelo de Vincennes ouvindo os apelos e pedidos de seus súditos de todas as classes.
Suas ações foram inspiradas nos valores cristãos, sendo ele um homem extremamente devoto da fé católica, punindo a blasfémia, jogos de azar, empréstimos de interesse e prostituição, comprando relíquias de Cristo para construir a Sainte-Chapelle e tentando converter os judeus franceses. Construiu inúmeros hospitais, leprosários, orfanatos e escolas e era notadamente conhecido pela sua caridade e cuidado com os pobres e doentes.[2]
Casou-se com a rainha Margarida da Provença em 1234 e com ela teve onze filhos, dentre os quais o rei Filipe III de França, que o sucedeu. Através de sua vasta prole, os descendentes de São Luís chegaram a quase todos os tronos da Europa e América, incluídas as dinastias posteriores que reinaram na França, Espanha, Áustria, Sacro Império Romano-Germânico, Alemanha, Inglaterra, Escócia, Suécia, Noruega, Dinamarca, Hungria, Portugal, Bélgica, Grécia, Bulgária, Itália, Holanda, Polônia, Romênia, Rússia, México e Brasil, sendo todos os atuais monarcas europeus descendentes seus.
Em todas as épocas posteriores da história da França, marcada por conflitos, guerras e revoluções, seu governo foi lembrado com nostalgia pelos franceses como "o bom tempo de Meu Senhor São Luís" ou como o "século de ouro de São Luís", deixando uma imagem imensamente positiva aos olhos da história e do imaginário popular francês.[3]
Morreu no norte da África em 25 de agosto de 1270 e foi canonizado como santo pelo Papa Bonifácio VIII em 11 de julho de 1297. É o padroeiro da Arquidiocese e da cidade de São Luís do Maranhão, cujo patronato na cidade de São Luís se deu em razão da cidade levar o seu nome e em sua homenagem.