Literatura persa
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A literatura persa (em persa: ادبیات پارسی) abrange dois milénios e meio de criação literária, apesar de muito do material pré-islâmico se ter perdido. As suas fontes são a região em que se situa o actual Irão bem como outras áreas da Ásia Central onde a língua persa é ou foi usada. Por exemplo, Molana, um dos mais amados poetas persas, nascido em Bactro (actual Afeganistão), escreveu em persa e viveu em Icônio, então capital dos Seljúcidas. Os gasnévidas conquistaram extensos territórios na Ásia Central e do Sul e adoptaram o Persa como sua língua da corte. Por essa razão há literatura persa em língua persa originária do Irão, Afeganistão e outras partes da Ásia Central. Nem toda esta literatura foi escrita em Persa, uma vez que alguns consideram as obras escritas por persas noutras línguas, como o grego ou o árabe, como fazendo parte da literatura persa.
Descrita como uma das grandes literaturas da humanidade,[1] a literatura persa tem as suas raízes nas obras sobreviventes escritas em Persa Médio e Persa Antigo, o último desde 522 a.C. (a data da inscrição Aqueménida mais antiga, a Inscrição de Beistum). No entanto, a maior parte da literatura persa é a do período após a conquista islâmica do Irão, em cerca de 650 d.C. Após a subida o poder dos Abássidas no ano 750, os persas tornaram-se os escribas e burocratas do Império Islâmico e, cada vez mais, os seus escritores e poetas. A literatura em Persa Moderno surgiu e floresceu nas regiões de Coração e da Transoxiana, por razões políticas - as primeiras dinastias iranianas, como os Taíridas e os Samânidas, tinham o centro do seu poder no Coração.[2]
Os persas escreveram tanto em Persa como em Árabe, predominando o Persa mais tardiamente. Poetas persas como Ferdusi, Saadi, Hafez, Attar, Rumi e Omar Khayyām são mundialmente conhecidos e influenciaram a literatura em vários países.