Leucemia linfocítica crónica
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Leucemia linfocítica crónica (português europeu) ou crônica (português brasileiro) (LLC) é um tipo de cancro em que a medula óssea produz linfócitos em excesso.[2][8] No início da doença geralmente não se manifestam sintomas.[2] À medida que a doença progride pode ocorrer aumento de volume indolor dos gânglios linfáticos, sensação de cansaço, febre, suores noturnos ou perda de peso sem razão aparente.[2][9] Entre outros possíveis sintomas estão o aumento de volume do baço e baixa concentração de glóbulos vermelhos no sangue.[2][4] A doença vai-se geralmente agravando ao longo dos anos.[2]
Leucemia linfocítica crónica | |
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Amostra de sangue periférico em que se observam células de LLC | |
Sinónimos | Leucemia linfocítica crónica de células B (LLC-B)[1] |
Especialidade | Hematologia e oncologia |
Sintomas | Iniciais: Nenhum[2] Tardios: aumento de volume indolor dos gânglios linfáticos, cansaço, febre, perda de peso[2] |
Início habitual | >50 anos de idade[3] |
Fatores de risco | Antecedentes familiares, agente laranja, alguns insecticidas[2][4] |
Método de diagnóstico | Análises ao sangue[5] |
Condições semelhantes | Mononucleose, tricoleucemia, leucemia linfoblástica aguda, linfocitose persistente de células B policlonais[5] |
Tratamento | Vigilância, quimioterapia, imunoterapia[4][5] |
Prognóstico | Sobrevivência a cinco anos ~83% (EUA)[3] |
Frequência | 904 000 (2015)[6] |
Mortes | 60 700 (2015)[7] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | C91.1, C91.10 |
CID-9 | 204.1 |
CID-ICD-O | 9823, 9823/3 |
CID-11 | 400683132 |
OMIM | 151400, 609630, 109543, 612557, 612559, 612558 |
DiseasesDB | 2641 |
MedlinePlus | 000532 |
eMedicine | 199313 |
MeSH | D015451 |
Leia o aviso médico |
O fator de risco mais comum são antecedentes familiares da doença.[2] Entre outros possíveis fatores de risco está a exposição ao agente laranja ou a alguns insecticidas.[4] A LLC resulta na acumulação de linfócitos B na medula óssea, nos gânglios linfáticos e no sangue.[4] Estes linfócitos não funcionam corretamente e ocupam o espaço de outras células sanguíneas saudáveis.[2] A LLC pode ser classificada em dois principais tipos, dependendo da presença ou não de uma mutação do gene IGHV.[4] O diagnóstico tem geralmente por base análises ao sangue em que se constante elevada concentração de linfócitos maduros e células manchadas.[5]
Na fase inicial, o tratamento geralmente consiste em vigiar atentamente a evolução da doença.[5] As potenciais infeções devem ser tratadas rapidamente com antibióticos.[4] Em pessoas com sintomas significativos, pode ser considerada quimioterapia ou imunoterapia.[4] À data de 2019, o medicamento recomendado para o início do tratamento é o ibrutinib.[10][11] No passado, o tratamento inicial em pessoas de outra forma saudáveis consistia na administração de fludarabina, ciclofosfamida e rituximab.[12]
Em 2015, a LLC afetava cerca de 904 000 pessoas em todo o mundo e foi a causa de 60 700 mortes.[6][7] A doença é mais comum a partir dos 50 anos de idade e afeta com mais frequência homens do que mulheres.[3] A LLC é muito menos comum em pessoas asiáticas.[4] Nos Estados Unidos, a taxa de sobrevivência a cinco anos após o diagnóstico é de cerca de 83%.[3] A doença corresponde a menos de 1% de todas as mortes por cancro.[7]