Leopoldo Tavares da Cunha Melo
político brasileiro / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Leopoldo Tavares da Cunha Melo (Cabo de Santo Agostinho, 10 de dezembro de 1891 – Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 1962) foi um político brasileiro.[1]
Leopoldo Tavares da Cunha Melo | |
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Nascimento | 10 de dezembro de 1891 Cabo de Santo Agostinho |
Morte | 18 de janeiro de 1962 Rio de Janeiro |
Cidadania | Brasil |
Alma mater | |
Ocupação | político |
Filho do desembargador José Tavares da Cunha Melo e Maria da Conceição Gusmão Tavares. Casado com Ester Leão da Cunha Melo. São seus familiares o ministro do Supremo Tribunal Federal, Francisco Tavares da Cunha Melo, e Luís Tavares da Cunha Melo, general cassado logo após o Golpe de Estado no Brasil em 1964.
Realizou os seus primeiros estudos no Instituto Pestalozzi e estudou o secundário em Recife e Manaus. Além disso, possui bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Recife, na qual se formou em 1909. Foi na própria cidade de Recife que começou sua carreira na magistratura como auditor assistente do Ministério da Guerra.
Foi transferido, logo em seguida, para a cidade de Manaus e designado pelo então governador do Amazonas, coronel Antônio Bittencourt (1908-1912), com a missão de resolver uma questão judicial na comarca de Boca do Acre. Logo após a missão, foi nomeado juiz municipal nas comarcas de Floriano Peixoto, Coari e Tefé, no Amazonas. Também se tornou o primeiro-suplente de auditor da Justiça Militar do Pará, posição que serviu em Manaus.
No ano de 1912, tornou-se promotor público do 1º Distrito de Manaus, posto que ocupou durante dez anos. Nesse mesmo ano, Leopoldo abriu seu próprio escritório de advocacia e exerceu nessa área até o ano de 1927. Além disso, foi diretor do Jornal O Dia, de Manaus, e também exerceu a carreira de professor de direito penal militar na Faculdade de Direito de Manaus.
Foi um dos opositores da campanha contra o governador do Amazonas, César do Rego Monteiro (1921-1924), o qual era o representante da oligarquia que era dominante na política local, no ano de 1921.
Quando, no dia 23 de julho de 1924, despontou na cidade de Manaus a revolta tenentista, que se espalhou para São Paulo (5 de julho) e para Sergipe (13 de julho), Rego Monteiro estava ausente do país. Dessa forma, o governador que o representava na época, Turiano Meira, foi deposto do cargo, e subiu ao poder um governo revolucionário gerido pelo tenente Alfredo Augusto Ribeiro Júnior. Entretanto, o tenente foi tombado do poder no dia 28 de agosto de 1924, e quem assumiu o cargo de governador militar do estado na época foi o coronel Raimundo Barbosa. Já no dia 2 de dezembro do mesmo ano, Alfredo Sá se tornou o interventor federal do Estado do Amazonas. Nessa época, Cunha Melo ocupou o cargo de chefia da polícia do Estado durante alguns meses.[2]
Com a decretação do fim da intervenção no Estado do Amazonas, em janeiro de 1926, o novo governador eleito foi Efigênio Ferreira de Sales. Nesse momento, Cunha Melo se filiou à oposição desse novo governo e, no ano de 1927, começou a morar no Estado do Rio de Janeiro, que era a então capital federal do Brasil, e lá exerceu a advocacia em defesa dos policiais que estavam envolvidos no levante de 1924 no Estado do Amazonas.
Foi eleito senador pelo Amazonas nas eleições gerais no Brasil em 1935, reeleito nas eleições estaduais no Amazonas em 1954.
Representou o Amazonas no conselho superior da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), tornando-se sócio de muitas instituições amazonenses como a Arquidiocese de Manaus e a Beneficência Portuguesa.
Faleceu no Rio de Janeiro em 18 de janeiro de 1962, quando exercia seu mandato no Senado.