Leiomioma do útero
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Leiomiomas do útero são tumores benignos do músculo liso do útero.[1] A maior parte das mulheres não manifesta sintomas, enquanto em outras podem ocorrer períodos menstruais dolorosos ou abundantes.[1] Os leiomiomas de maior dimensão podem exercer pressão na bexiga, causando vontade de urinar frequente.[1] Podem também causar dor durante o sexo ou dor na parte inferior das costas.[1][3] É possível ter um ou mais leiomiomas.[1] Em alguns casos, os leiomiomas podem tornar dificultar engravidar, embora seja pouco comum.[1]
Leiomioma do útero | |
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Leiomiomas do útero observados durante uma laparoscopia | |
Sinónimos | Mioma do útero, fibromioma do útero |
Especialidade | Ginecologia |
Sintomas | Períodos menstruais dolorosos ou abundantes[1] |
Complicações | Infertilidade[1] |
Início habitual | De meados ao fim da idade fértil[1] |
Causas | Desconhecidas[1] |
Fatores de risco | Antecedentes familiares, obesidade, consumo de carne vermelha[1] |
Método de diagnóstico | Toque vaginal, exames imagiológicos[1] |
Condições semelhantes | Leiomiossarcoma, gravidez, quisto do ovário, cancro do ovário[2] |
Tratamento | Medicação, cirurgia, embolização das artérias uterinas[1] |
Medicação | Ibuprofeno, paracetamol, suplementos de ferro, agonistas da hormona libertadora de gonadotrofina[1] |
Prognóstico | Melhoria após a menopausa[1] |
Frequência | ~50% das mulheres por volta dos 50 anos[1] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | D25 |
CID-9 | 218.9 |
OMIM | 150699 |
DiseasesDB | 4806 |
MedlinePlus | 000914 |
eMedicine | radio/777 |
MeSH | D007889 |
Leia o aviso médico |
Não é clara a causa exata dos leiomiomas uterinos.[1] No entanto, são comuns os casos entre famílias e são parcial determinados pelos níveis hormonais.[1] Os fatores de risco incluem obesidade e o consumo de carne vermelha.[1] O diagnóstico pode ser feito mediante toque vaginal ou exames imagiológicos.[1]
Quando não se manifestam sintomas geralmente não é necessário tratamento.[1] A dor pode ser aliviada com paracetamol e as hemorragias com anti-inflamatórios não esteroides como o ibuprofeno.[1][4] Em mulheres com períodos abundantes podem ser necessários suplementos de ferro.[1] Os medicamentos da classe dos agonistas da hormona libertadora de gonadotrofina podem diminuir o tamanho dos leiomiomas, embora sejam caros e estejam associados a efeitos adversos.[1] Nos casos de sintomas mais graves, pode ser considerada cirurgia para remover os leiomiomas ou o útero[1] ou cirurgia para embolização das artérias uterinas.[1] Os leiomiomas malignos denominam-se leiomiossarcomas, embora sejam muito raros e não aparentem formar-se a partir de leiomiomas benignos.[1][5]
Cerca de 20% a 80% das mulheres por volta dos 50 anos de idade desenvolvem leiomiomas do útero.[1] Estima-se que em 2013 a condição afetasse 171 milhões de mulheres em todo o mundo.[6] Os leiomiomas são mais comuns entre meados e o fim da idade fértil.[1] Geralmente diminuem de tamanho após a menopausa.[1] A condição é uma das mais frequentes causas de remoção cirúrgica do útero.[7]