João Calvino
teólogo cristão / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
João Calvino (Noyon, 10 de julho de 1509 – Genebra, 27 de maio de 1564) foi um teólogo, líder religioso e escritor cristão francês. Considerado como um dos principais líderes da Reforma Protestante, em particular na França, as ideias de Calvino tiveram uma grande influência não apenas sobre a teologia cristã, mas também sobre a vida social,[1][2] a política[3] e até mesmo o sistema econômico[4] de diversos países, sendo amplamente consideradas como tendo possuído um forte impacto na formação do mundo moderno.[5] O sistema teológico bíblico que ele criou é geralmente conhecido como calvinismo, ainda que o próprio Calvino tivesse repudiado veementemente o uso de tal nome para descrevê-lo.[6] Esta variante do protestantismo viria a ser bem-sucedida em países como a Suíça (país de origem), Países Baixos, África do Sul (entre os africânderes), Inglaterra, Escócia e Estados Unidos.
João Calvino | |
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Nascimento | Jehan Cauvin 10 de julho de 1509 Noyon (Reino da França) |
Morte | 27 de maio de 1564 (54 anos) Genebra (República de Genebra) |
Sepultamento | Cimetière des Rois |
Cidadania | Reino da França, República de Genebra |
Progenitores |
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Cônjuge | Idelette de Bure |
Alma mater |
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Ocupação | teólogo, ministro, reformador protestante, pastor, advogado, escritor |
Obras destacadas | Institutas da Religião Cristã |
Religião | protestantismo, calvinismo |
Causa da morte | sepse |
Assinatura | |
Martinho Lutero escreveu as suas 95 teses em 1517, quando Calvino tinha apenas oito anos de idade, o que faz com que Calvino seja considerado como pertencente à segunda geração da Reforma Protestante.[5] Para muitos historiadores, Calvino teria sido para o povo de língua francesa aquilo que Lutero foi para o povo de língua alemã — uma figura quase paternal. Lutero era dotado de uma retórica mais direta, por vezes grosseira, enquanto que Calvino tinha um estilo de pensamento mais refinado e geométrico, quase de filigrana.
Segundo Bernard Cottret, biógrafo francês de Calvino: "Quando se observa estes dois homens podia-se dizer que cada um deles se insere já num imaginário nacional: Lutero o defensor das liberdades germânicas, o qual se dirige com palavras arrojadas aos senhores feudais da nação alemã; Calvino, o filósofo pré-cartesiano, precursor da língua francesa, de uma severidade clássica, que se identifica pela clareza do estilo".[7]