Ivone Gebara
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Ivone Gebara (São Paulo, 1944)[1] é uma freira católica, filósofa e teóloga feminista [2][3][4]brasileira.
Ivone Gebara | |
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Nascimento | 9 de dezembro de 1944 (79 anos) São Paulo |
Cidadania | Brasil |
Alma mater | |
Ocupação | freira, ensaísta |
Religião | catolicismo |
Nascida em São Paulo, de ascendência sírio-libanesa, ingressou na Congregação das Irmãs de Nossa Senhora - Cônegas de Santo Agostinho em 1967, aos vinte e dois anos, depois de graduar-se em filosofia. Obteve seu doutorado em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e em Ciências Religiosas pela Universidade Católica de Lovaina[5].
Ligada à Teologia da Libertação, entre 1973 e 1989, foi professora de filosofia e teologia no Instituto Teológico do Recife (ITER), na época em que Dom Hélder Câmara era o arcebispo de Recife.[6][7] Desde então dedica seu tempo a escrever e a ministrar cursos e palestras, em diversos países do mundo, sobre hermenêuticas feministas, novas referências éticas e antropológicas e os fundamentos filosóficos e teológicos do discurso religioso.
A partir de 1973, passou a viver no Nordeste e morou em um bairro pobre de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, a 25 km da capital pernambucana. Foi integrante da Associação Ecumênica de Teólogos do Terceiro Mundo. Colaborou com diferentes revistas de teologia, tais como: "Alternativa", "Tempo e Presença", "Spiritus", "Conspirando", etc. [5] Em 1995, Ivone Gebara foi processada e condenada pelo Vaticano por fazer críticas à doutrina moral da Igreja, especialmente no tocante ao aborto,[2][8] em uma entrevista à revista Veja, afirmou que o aborto não deveria ser considerado pecado para as mulheres pobres, e que a opção pelos pobres defendida pela teologia da libertação exigiria uma maior tolerância para as mulheres pobres que decidem interromper a gravidez[9][5] sendo-lhe imposto o silêncio obsequioso - a mesma punição atribuída, em 1985, ao ex-franciscano Leonardo Boff, também ligado à Teologia da Libertação.[10] Ficou fora do Brasil durante os dois anos de silêncio forçado a que foi condenada. Nesse período obteve seu segundo doutorado, em Ciências da Religião, pela Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, e produziu um livro em que aborda a questão do mal: Rompendo o silêncio: uma fenomenologia feminista do mal.[4][11]