Invasão da Ucrânia pela Rússia (2022–presente)
grande escalada da Guerra Russo-Ucraniana iniciada em 24 de fevereiro de 2022 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A Invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022,[nota 1] ou oficialmente pelo governo russo como a "Operação Militar Especial na Ucrânia",[nota 2][68] é uma invasão militar em larga escala lançada pela Rússia contra a Ucrânia, um de seus países vizinhos, a sudoeste, marcando uma escalada acentuada para um conflito que começou em 2014. Vários analistas chamaram a invasão de o maior confronto militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.[69][70][71] A guerra gerou uma enorme onda migratória da Ucrânia e da Rússia, além de uma crise alimentar global, aumento no preço dos combustíveis e inflação.[72][73][74]
Este artigo ou se(c)ção trata de um conflito armado recente ou em curso. |
Invasão da Ucrânia pela Rússia | |||
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Guerra Russo-Ucraniana | |||
Acima (sentido horário, do topo à esquerda) Veículo russo queima na estrada entre Kiev e Carcóvia; civis preparam Coquetéis molotov para ser usado contra os invasores russos; bombardeio russo à torre de Kiev, Batalha de Bakhmut com a cidade destruída; tanques ucranianos avançando durante a Contraofensiva de Quérson; blindados russos avançando da Crimeia; danos a prédios civis.
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Data | 24 de fevereiro de 2022 – presente | ||
Local | Ucrânia | ||
Situação | Em andamento
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Beligerantes | |||
Comandantes | |||
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Unidades | |||
Forças | |||
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Baixas | |||
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Civis: 16 500 – 42 000 ucranianos mortos (segundo a Ucrânia)[64] ~ 6 702 ucranianos mortos, 10 479 feridos (segundo a ONU)[65] 6 000 000 de refugiados e 8 000 000+ de deslocados internamente (segundo a ONU)[66][67] |
Após a Revolução da Dignidade na Ucrânia em 2014, a Rússia anexou a Crimeia, enquanto as forças separatistas apoiadas pelo governo russo tomaram parte da região do Donbas no sudeste da Ucrânia.[75][76] Desde o início de 2021, um acúmulo de presença militar russa ocorreu ao longo da fronteira Rússia-Ucrânia. Os Estados Unidos e outros países acusaram a Rússia de planejar uma invasão da Ucrânia, embora as autoridades russas repetidamente negassem que tinham essa intenção.[77] Durante a crise, o presidente russo Vladimir Putin descreveu a ampliação da OTAN pós-1997 como uma "ameaça à segurança" de seu país, uma afirmação que a OTAN rejeita,[78] e exigiu que a Ucrânia fosse permanentemente impedida de ingressar na OTAN.[79] Putin também expressou opiniões irredentistas russas[80] e questionou o direito de existir da Ucrânia.[81][82] Antes da invasão, tentando fornecer casus belli, Putin acusou a Ucrânia de cometer "genocídio" contra seus cidadãos que falam russo, o que foi amplamente descrito como falso e infundado.[83][84]
Em 21 de fevereiro de 2022, Putin reconheceu a República Popular de Donetsk e a República Popular de Lugansk, duas regiões autoproclamadas como Estados, controladas por separatistas pró-Rússia em Donbas.[85] No dia seguinte, o Conselho da Federação da Rússia autorizou por unanimidade o uso da força militar e as tropas russas entraram em ambos os territórios.[86] Em 24 de fevereiro, Putin anunciou uma "operação militar especial", supostamente para "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia.[68] Minutos depois, mísseis atingiram locais em todo o território ucraniano, incluindo Kiev, a capital. A Guarda Fronteira Ucraniana relatou ataques a postos fronteiriços com a Rússia e a Bielorrússia.[87][88] Pouco depois, as forças terrestres russas adentraram na Ucrânia.[89] O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky promulgou a lei marcial e clamou por uma mobilização geral no país.[90][91]
A invasão recebeu ampla condenação da comunidade internacional, incluindo novas sanções impostas à Rússia, o que começou a desencadear uma crise financeira no país.[92] De acordo com as estimativas do Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, até 1º de maio de 2022 mais de 5,5 milhões de ucranianos fugiram do seu país por causa da guerra, e mais de 7 milhões foram obrigados a se deslocar internamente.[93] Protestos globais ocorreram contra a invasão, enquanto que os protestos que aconteceram na Rússia foram respondidos com prisões em massa e o governo russo aumentou significativamente a repressão à mídia independente.[94][95] Um grande número de empresas iniciou um boicote à Rússia e à Bielorrússia. Vários Estados forneceram ajuda humanitária e militar à Ucrânia.[96] Em resposta à ajuda militar, Putin colocou as forças nucleares da Rússia em alerta máximo, aumentando as tensões com o Ocidente, enquanto levantava a possibilidade de uma escalada para uma guerra nuclear.[97]