Iberismo
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O Iberismo é um movimento político e cultural que defende a aliança das relações a todos os níveis entre Andorra, Espanha e Portugal.[1][2]
Originalmente, o Iberismo, como projeto de construção de um Estado ibérico, pretendia ter uma só entidade política, ou seja, criar um único país que incorpore o atuais estados de Portugal e Espanha. Tal união levaria a que ambos os países, já unificados, se tornassem no 44.º maior país do Mundo, no 5.º maior país da União Europeia, e o 24.º mais populoso (em 2009). O fuso horário do país variaria entre UTC -1 (nos Açores) e UTC +1 (na atual Espanha), aumentando mais uma hora no período de Verão no Hemisfério Norte (sendo que seria possível que, à exceção dos Açores, o país passasse a ter todo ele o mesmo fuso horário UTC 0 ou UTC +1).
O Iberismo iniciou-se como tal no século XVIII, com o espanhol José Marchena, quem, em L'Avis aux espagnols, deu à doutrina um corte progressista, federal e republicano. Mas o seu auge deu-se durante o século XIX.
Estes ideais ibéricos eram promovidos principalmente pelos movimentos republicanos, socialistas, liberais e maçónicos em ambos os países, quando eles tiveram o maior dilema dos ideais nacionalistas de inclusão, como o da Risorgimento Italiano ou a da Unificação Alemã.
No triénio liberal, em Espanha (1820–1823) as organizações secretas liberais da Península Ibérica tentaram introduzir o iberismo em Portugal, para estabelecer sete repúblicas federadas, das quais cinco estariam na Espanha e duas em Portugal: a Lusitânia Ulterior e a Lusitânia Citerior. Posteriormente, durante todo o Sexênio Revolucionário espanhol, o movimento alcança o seu auge, Joan Prim i Prats ver-se-á inclinado a defender a união de Espanha e Portugal. Após o seu assassinato (1870), e especialmente com a Primeira República Espanhola (1873–1874), o movimento recobra importância, pelo modelo federal que se implanta na Espanha.
Na Espanha antes da guerra civil de 1936-39, as ideias iberistas chegaram a ser promovidas pelos nacionalistas galegos[3] no que se propunha uma União Confederal Ibérica na que Portugal e a Galiza teriam que unirem-se e assim equilibrar o predomínio de Castela, conformando-se a confederação ibérica com a antiga coroa de Aragão e Navarra, como as outras nações ibéricas, Inspirando-se em ideais de caráter integrador.