Herpes
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Herpes simples, também denominada apenas herpes, é uma doença viral causada pelo vírus do herpes simples.[1] As infecções são classificadas de acordo com a parte do corpo infectada. O herpes labial afeta a boca ou a face, podendo causar pequenos grupos de bolhas ou apenas inflamação da garganta.[2][5] O herpes genital pode apresentar sintomas quase impercetíveis ou bolhas que se rompem e provocam pequenas úlceras, que se curam ao fim de duas a quatro semanas. As bolhas podem ser precedidas por formigueiro ou dores intensas. O herpes manifesta-se em ciclos alternados de períodos de doença ativa seguidos de períodos sem sintomas. O primeiro episódio é geralmente o mais grave e pode estar associado a febre, dores musculares, gânglios linfáticos inflamados, e dores de cabeça. À medida que o tempo passa, os episódios de doença ativa diminuem de frequência e gravidade.[1] Entre outras doenças causadas pelo vírus do herpes simples estão o panarício herpético quando afeta os dedos,[6] queratite herpética quando afeta os olhos,[7] encefalite herpética quando afeta o cérebro,[8] e herpes neonatal quando ocorre em recém-nascidos, entre outras.[9]
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Herpes | |
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Herpes labial no lábio inferior, em que são visíveis as bolhas. | |
Sinónimos | Herpes simples, Herpes simplex |
Especialidade | Infectologia |
Sintomas | Bolhas que se rompem e formam pequenas úlceras, febre, inflamação dos gânglios linfáticos[1] |
Duração | 2–4 semanas[1] |
Causas | Vírus do herpes simples transmitido por contacto direto[1] |
Fatores de risco | Imunossupressão, stresse, luz do sol[2][3] |
Método de diagnóstico | Baseado nos sintomas, RCP, cultura de vírus[2][1] |
Medicação | Aciclovir, valaciclovir, paracetamol, lidocaína tópica[1][2] |
Frequência | 60–95% (adultos)[4] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | A60, B00, G05.1, P35.2 |
CID-9 | 054.0, 054.1, 054.2, 054.3, 771.2 |
CID-11 | 248851702 |
DiseasesDB | 5841 33021 |
eMedicine | med/1006 |
MeSH | D006561 |
Leia o aviso médico |
Existem dois tipos de vírus de herpes simples: o de tipo 1 (VHS-1) e o de tipo 2 (VHS-2).[1] O VHS-1 causa com maior frequência infeções orais, enquanto que o VHS-2 causa com maior frequência infeções genitais.[2] Os vírus são transmitidos pelo contacto direto com fluidos corporais ou feridas de uma pessoa infetada. A doença é contagiosa mesmo nos períodos em que não manifesta sintomas. Pode ser transmitida de mãe para filho durante o nascimento. O herpes genital é considerada uma infeção sexualmente transmissível.[1] Após a infeção, os vírus são transportados ao longo dos nervos sensoriais para as células nervosas, onde passam a residir até ao resto da vida do hospedeiro.[2] Entre as causas de recorrência estão a diminuição da função imunitária, stresse e exposição à luz do sol.[2][3] O diagnóstico de herpes oral e genital tem por base os sinais e sintomas.[2] O diagnóstico pode ser confirmado com uma cultura viral ou pela deteção do ADN do vírus no fluido das bolhas. Os exames de sangue para a presença de anticorpos contra o vírus podem confirmar uma infeção anterior, mas serão inconclusivos no caso de infeções recentes.[1]
Não existe vacina e após a infeção a doença não tem cura.[1] Embora o método mais eficaz de evitar infeções genitais seja evitar o sexo vaginal, oral e anal, a utilização de preservativo diminui o risco.[1] Os sintomas podem ser tratados com paracetamol e lidocaína de aplicação tópica.[2] Os tratamentos com antivirais, como o aciclovir ou valaciclovir, podem diminuir a gravidade dos episódios sintomáticos.[1][2] A utilização diária de antivirais por uma pessoa infetada pode também diminuir o risco de contágio.[1]
A prevalência entre adultos de portadores do vírus de herpes simples, tanto do tipo 1 como 2, é de entre 60 e 95%.[4] O VHS-1 é geralmente adquirido durante a infância.[1] À medida que a idade avança, aumenta a prevalência do vírus.[4] A prevalência de VHS-1 entre a população de baixos rendimentos é de 70–80%, enquanto que entre a de rendimentos mais elevados é de 40–60%.[4] Estima-se que em 2003 cerca de 536 milhões de pessoas (16% da população) estivessem infetadas com VHS-2, sendo a prevalência maior entre mulheres e nos países em vias de desenvolvimento.[10] A maior parte dos portadores de VHS-2 não se apercebe da infeção.[1]