Hastings Ismay, 1.º Barão Ismay
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Hastings Lionel Ismay, 1.º Barão Ismay KG, GCB, CH, DSO, PC, DL (21 de junho de 1887 - 17 de dezembro de 1965), apelidado de Pug, foi um político, diplomata e general do Exército Indiano Britânico, lembrado principalmente por seu papel como principal assessor militar de Winston Churchill, durante a Segunda Guerra Mundial, e por ter sido o primeiro Secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), de 1952 a 1957.
Hastings Ismay, 1.º Barão Ismay | |
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Nascimento | Hastings Lionel Ismay 21 de junho de 1887 Nainital |
Morte | 17 de dezembro de 1965 (78 anos) Wormington Grange |
Sepultamento | Tewkesbury Abbey |
Cidadania | Reino Unido |
Progenitores |
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Cônjuge | Laura Kathleen Clegg |
Filho(a)(s) | Susan Katherine Lucy Ismay, Sarah Field Ismay, Mary Ismay |
Alma mater |
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Ocupação | político, diplomata, oficial |
Prêmios |
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Título | barão, Baron Ismay |
Ismay nasceu em Nainital, estado de Uttarakhand, na Índia, em 1887. Estudou no Reino Unido, na Charterhouse School e no Colégio Militar Real de Sandhurst. Depois de Sandhurst, ele se juntou ao exército indiano como oficial da 21.ª Cavalaria do Príncipe Albert Victor. Durante a Primeira Guerra Mundial, ele serviu com o Camel Corps na Somália Britânica, onde se juntou à luta britânica contra Mohammed Abdullah Hassan (conhecido pelos britânicos como o "Mulá Louco"), líder religioso e militar do Movimento dervixe somali, que conduziu uma luta de vinte anos contra os impérios coloniais, incluindo o Britânico e o Italiano e o Etíope. Em 1925, Ismay tornou-se secretário adjunto do Comitê de Defesa Imperial (CID). Depois de ser promovido ao posto de coronel, ele serviu como secretário militar de Lord Willingdon, vice-rei da Índia, depois retornou ao CID como vice-secretário em 1936.
Em 1º de agosto de 1938, pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial, Ismay tornou-se secretário do Comitê e começou a planejar a guerra iminente. Em maio de 1940, quando Winston Churchill se tornou primeiro-ministro do Reino Unido, ele escolheu Ismay como seu assistente militar e oficial de gabinete. Nessa qualidade, Ismay serviu como o principal elo entre Churchill e o Comitê de Chefes de Estado-Maior. Ismay também acompanhou Churchill a muitas das conferências de guerra dos Aliados. Pelo conselho e ajuda de Ismay, "Churchill devia mais e admitia que devia mais" a ele "do que a qualquer outra pessoa, militar ou civil, durante toda a guerra".[1]
Após o fim da guerra, Ismay permaneceu no exército por mais um ano e ajudou a reorganizar o Ministério da Defesa. Ele então se aposentou das forças armadas e serviu como chefe de gabinete de Lord Mountbatten, na Índia, atuando na supervisão da partição do país. De 1948 a 1951, foi presidente do conselho do Festival da Grã-Bretanha, ajudando a organizar e a promover o evento. Em 1951, quando Churchill novamente se tornou Primeiro-Ministro, ele nomeou Ismay Secretário de Estado das Relações da Commonwealth. Ismay aceitou o cargo, ao qual todavia renunciou depois de seis meses, para se tornar o primeiro Secretário Geral da OTAN, em 1952 - posição que ele teria relutado em aceitar.[2] Já como Secretário-Geral, Ismay teria declarado que o propósito da OTAN era "manter os russos fora, os americanos dentro e os alemães embaixo" - frase que, desde então, tem sido usada como uma definição bem sintética da Aliança Atlântica.[3][2][4][5]
Em dezembro de 1956, Hastings Ismay decidiu deixar a Organização. Paul-Henri Spaak foi imediatamente escolhido para sucedê-lo, mas Ismay permaneceu no cargo até maio de 1957.
Depois de se retirar da OTAN, ele escreveu suas memórias (The Memoirs of General Lord Ismay) e se tornou membro de vários conselhos de empresas. Ainda presidiu, com o general Ian Jacob, o Comitê Ismay-Jacob, cujo relatório (Report on the Central Organisation of Defence) serviu como base para uma segunda reorganização do Ministério da Defesa do Reino Unido.[6] Embora Ismay estivesse doente na maior parte do período de elaboração do relatório, "sua influência foi forte", e o produto final refletiu, em grande medida, as suas opiniões.[7] Basicamente, o Relatório Ismay–Jacob recomendava um substancial fortalecimento do poder central do Ministério da Defesa Defence. Em 1964, o Parlamento implementou suas recomendações.[8]
Lord Ismay morreu em 17 de dezembro de 1965, em sua casa, Wormington Grange, em Stanton, Gloucestershire.