Guilherme I da Escócia
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Guilherme I (Huntingdon, c. 1143 – Stirling, 4 de dezembro de 1214), também chamado de Guilherme, o Leão, foi o Rei da Escócia de 1165 até sua morte.[1][2] Era filho de Henrique da Escócia e neto de David I, sucedendo seu irmão Malcolm IV.[1][2] Seu reinado foi o segundo maior da história escocesa, atrás apenas de Jaime VI.
Guilherme I | |
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Rei dos Escoceses | |
Rei da Escócia | |
Reinado | 9 de dezembro de 1165 a 4 de dezembro de 1214 |
Coroação | 24 de dezembro de 1165 |
Antecessor(a) | Malcolm IV |
Sucessor(a) | Alexandre II |
Nascimento | c. 1143 |
Huntingdon, Huntingdonshire, Inglaterra | |
Morte | 4 de dezembro de 1214 (71 anos) |
Stirling, Escócia | |
Sepultado em | Abadia de Arbroath, Arbroath, Escócia |
Esposa | Ermengarda de Beaumont |
Descendência | Margarida da Escócia Isabel da Escócia Alexandre II da Escócia |
Casa | Dunkeld |
Pai | Henrique da Escócia |
Mãe | Ada de Warenne |
Religião | Catolicismo |
Viveu na corte de Henrique II de Inglaterra, a quem combateu; fez por isso em 1168 o primeiro Tratado de aliança com a França de Luís VII para auxiliar os filhos do rei inglês contra seu pai, em 1173: foi o início do que se conheceu como a Auld Alliance ou Velha Aliança.
O jovem Henrique lhe prometia o condado de Northumberland, que Henrique II nunca lhe havia reconhecido. Malcolm tinha feito paz com Henrique I da Inglaterra mas Guilherme chefiou um exercito pela Northumberland adentro para tomar o castelo de Alnwick. Enquanto tentava capturar dos ingleses a Northumbria, foi derrotado e capturado, privado do condado, guardado preso na Normandia. O preço de sua liberdade foi seu reino.
Solto depois de ter aceitado Henrique II como suserano da Escócia, prestou homenagem a Henrique II pela Escócia e outras terras, declarando assim seu país uma espécie de satélite da Inglaterra.
Pelo Tratado de Falaise de 1174, como garantia do pagamento do seu resgate, cedeu aos ingleses cinco fortalezas, inclusive Jedburgh. Henrique morreu 15 anos mais tarde e seu filho Ricardo da Inglaterra, chamado Coeur-de-Lion, subiu ao trono. Ora, sua ambição era partir em cruzada. Para isso era preciso dinheiro - Guilherme pode assim comprar de volta sua soberania, oferecendo 100 mil marcos para a IIIª cruzada de Ricardo em 1189, e obtendo o abandono da suserania. O tratado de Falaise foi revogado por Ricardo com o Quitclaim de Canterbury em troca do dinheiro. O título de Huntingdon retornou outra vez aos St. Liz, desta vez para Simão III. Quando em 1184 este morreu, foi para David da Escócia, irmão mais novo do rei Guilherme I da Escócia.
Guilherme foi um rei, assim, que consolidou a Escócia com seus esforços para defender sua integridade contra a ameaça dos reis angevinos ingleses da dinastia Plantageneta.