Guerra Civil do Chade (2005–2010)
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A Guerra civil no Chade[4] teve início em dezembro de 2005. O conflito envolveu as forças governamentais e vários grupos rebeldes chadianos - estas incluem a Frente Unida para a Mudança Democrática (FUC), a União das Forças para a Democracia e o Desenvolvimento (UFDD), a Reunião de Forças pela Mudança (RFC) e a Concórdia Nacional do Chade (CNT). Ao lado dos rebeldes, está a milícia árabe Janjawid, abertamente apoiada pelo governo do Sudão. A Líbia tentou intermediar o conflito, assim como diplomatas de outros países.
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Guerra civil no Chade | |||
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Maiores pontos de conflito | |||
Data | 18 de dezembro de 2005 – 15 de janeiro de 2010 | ||
Local | Chade | ||
Desfecho | Vitória do governo do Chade | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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7 000 mortos[3] 200 000 refugiados |
Desde a sua independência da França em 1960, o Chade tem sido atolado pela guerra civil entre os árabes e muçulmanos do norte e cristãos subsaarianos do sul.[5] Como resultado, a liderança e a presidência no Chade é disputada entre os cristãos sulistas e os muçulmanos nortistas. Quando um dos lados está no poder, o outro lado normalmente inicia uma guerra revolucionária para enfrentá-lo. A França, a antiga potência imperial de ocupação, e a Líbia, vizinha do norte, se envolveram em vários momentos ao longo desses conflitos.
Em 2003, o conflito na região de Darfur, no vizinho Sudão, expandiu através da fronteira com o Chade.[5] Os refugiados do Sudão se juntaram aos civis do Chade que estavam tentando escapar da violência rebelde e, eventualmente, encheram os campos. Ficou claro que os rebeldes do Chade receberam armas e assistência por parte do governo do Sudão. Ao mesmo tempo, os rebeldes do Sudão conseguiram ajuda do governo do Chade.
O Governo do Chade estimava em janeiro de 2006 que 614 cidadãos chadianos tinham sido mortos nas batalhas fronteiriças.[6] Em 8 de fevereiro de 2006, foi assinado o "Acordo de Trípoli", que cessou a guerra por aproximadamente dois meses.
No entanto, a persistência de combates levou a várias tentativas para um novo acordo. Em 2007, surgiu uma brecha entre as duas principais tribos, a Zagaua e a Tama. A tribo Zagaua, a qual pertence o presidente chadiano Idriss Déby, acusa o governo sudanês de colaborar com os membros da tribo rival Tama.[7]
Em fevereiro de 2008, três grupos rebeldes se uniram e lançaram um ataque contra a capital do Chade, N'Djamena.[5] Depois de lançar um ataque que não conseguiu tomar o palácio presidencial, o ataque foi repelido decisivamente. A França enviou tropas para fortalecer o governo. Muitos dos rebeldes eram antigos aliados do presidente Idriss Déby. Acusaram-no de corrupção contra membros de sua própria tribo.
A guerra civil no Chade é uma guerra regional, que tem profundas ligações a conflitos em Darfur e com a guerra civil na República Centro-Africana.[8]