Fecial
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Um fecial (em latim: fetial; pl. fetiales) era um tipo de sacerdote da Roma Antiga. Eles formavam um colégio devotado a Júpiter como patrono da boa fé. Entre suas atribuições estavam aconselhar o senado romano sobre política externa e tratados internacionais, as proclamações oficiais de guerra e paz e a confirmação de tratados. Eles também realizavam a função de arautos ou embaixadores. Um dos feciais, chamado pater patratus, era nomeado como porta-voz dos feciais[lower-alpha 1].
A primeira menção aos feciais por Lívio ocorreu no contexto da guerra entre Roma e Alba Longa na época do rei Túlio Hostílio, quando ele nomeou Marco Valério como fecial e Espúrio Fúsio como pater patratus com o objetivo de confirmar o tratado entre Roma e Alba Longa[2].
Segundo Lívio, o ritual pelo qual os feciais deveriam declarar a guerra, chamado rerum repetitio, foi introduzido em Roma por Anco Márcio, que tomou emprestadas as tradições dos équos. Porém, ele já havia descrito as ações rituais dos feciais no relato das guerras de Hostílio[3]. Por causa disto, os estudiosos acreditam que as menções aos équos possa ser um erro de interpretação por causa de uma falsa etimologia ligando os termos "aequi" e "aequus", a palavra latina para "justo", "equitativo". Por outro lado, as fontes antigas dão suporte à tradição de que este sacerdócio foi criado por influência do rei équo Ferter Reso[4][5].