Fauna abissal
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A fauna abissal consiste em animais que vivem na escuridão abaixo das águas superficiais iluminadas pelo sol, ou seja, abaixo da zona eufótica do mar. O peixe-lanterna é, de longe, o peixe abissal mais comum. Outros animais abissais incluem o Anomalopidae, o tubarão-charuto, o peixe-cofre, os lofiiformes, o peixe-víbora e algumas espécies de enguia.
Apenas cerca de 2% das espécies marinhas conhecidas habitam o ambiente pelágico. Isso significa que elas vivem na coluna d'água, ao contrário dos organismos bentônicos que vivem no fundo do mar.[1] Os organismos abissais habitam geralmente as zonas batipelágicas (1.000 a 4.000 m de profundidade) e abissopelágicas (4.000 a 6.000 m de profundidade). Entretanto, as características dos organismos abissais, como a bioluminescência, também podem ser vistas na zona mesopelágica (200-1000 m de profundidade). A zona mesopelágica é a zona disfótica, o que significa que a luz é mínima, mas ainda mensurável. A camada mínima de oxigênio existe em algum lugar entre 700 m e 1.000 m de profundidade, dependendo do local do oceano. Essa área também é onde os nutrientes são mais abundantes. As zonas batipelágica e abissopelágica são afóticas, o que significa que nenhuma luz penetra nessa área do oceano. Essas zonas constituem cerca de 75% do espaço oceânico habitável.[2]
A zona epipelágica (0-200 m) é a área em que a luz penetra na água e ocorre a fotossíntese. Também é conhecida como zona fótica. Como ela normalmente se estende por apenas algumas centenas de metros abaixo da água, o mar profundo, cerca de 90% do volume do oceano, está na escuridão. O mar profundo também é um ambiente extremamente hostil, com temperaturas que raramente excedem 3 °C e chegam a -1,8 °C (com exceção dos ecossistemas de fontes hidrotermais que podem exceder 350 °C), baixos níveis de oxigênio e pressões entre 20 e 1000 atm.[3]