Ethel Smyth
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Dame Maria Ethel Smyth, (Londres, 23 de abril de 1858 – Woking, 8 de maio de 1944) foi uma compositora e sufragista britânica. Smyth era a quarta de oito filhos de John Hall Smyth, um major-general da Artilharia Real. O sei pai opôs-se fortemente à carreira musical da filha.[1]
Dame Ethel Smyth | |
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Nascimento | Ethel Mary Smyth 23 de abril de 1858 Sidcup, Londres Reino Unido |
Morte | 8 de maio de 1944 (86 anos) Woking, Surrey Reino Unido |
Nacionalidade | Britânica |
Cidadania | Reino Unido |
Progenitores |
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Irmão(ã)(s) | Mary Smyth Hunter |
Alma mater | |
Ocupação | Compositora, escritora |
Prêmios |
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Obras destacadas | Der Wald, The March of the Women, The Boatswain's Mate, The Prison, Mass in D, Fête Galante |
Página oficial | |
https://www.ethelsmyth.org | |
Apesar da oposição do seu pai, Smyth estava determinada a tornar-se numa compositora. Nesse sentido, estudou música com um tutor privado e, mais tarde, frequentou o Conservatório de Leipzig, onde conheceu muitos compositores da época. No entanto, desistiu do mesmo após apenas um ano de estudos por não estar satisfeita com o nível de ensino e voltou a estudar com um tutor privado, desta vez Heinrich von Herzogenberg.[1] Ao longo da sua carreira, Smyth compôs cânticos, obras para piano, música de câmara, de orquestra e concertante, coros e óperas.
Em 1910, Smyth juntou-se à Women's Social and Political Union e parou de compor música durante dois anos para se dedicar por inteiro à causa do sufrágio feminino. Foi ela a autora do "March of the Women", que se tornou no hino do movimento sufragista. Smyth respondeu ao apelo de Emmeline Pankhurst de partir janelas para chamar a atenção para a causa e acabou por cumprir dois meses de prisão na Holloway Prison.[2]
Ethel viveu durante muitos anos em Frimhusrt,perto de Frimley Green,[3] mas, a partir de 1913, começou a perder a audição e não conseguiu completar mais do que quatro trabalhos antes de ficar completamente surda e terminar a sua carreira como compositora.[1] Porém, acabou por interessar-se pela literatura e, entre 1919 e 1940, publicou dez livros de grande sucesso (a maioria de teor autobiográfico).[1]
Smyth teve vários casos amorosos ao longo da vida, a maioria dos quais com mulheres. O seu único amante masculino que se conhece foi o libretista de algumas das suas óperas, Henry Bennet Brewster. Em 1892, ela escreveu-lhe numa carta: "Pergunto-me porque é tão mais fácil para mim amar alguém do meu próprio sexo com mais fervor do que do teu. Não consigo compreender isso porque sou uma pessoa bastante sana".[4] Smyth chegou a estar apaixonada por Emmeline Pankhurst e, aos 71 anos, apaixonou-se por Virginia Woolf que ficou tanto alarmada como divertida e descreveu a situação como "ser apanhada por um caranguejo gigante". Apesar de nunca ter havido nenhum romance, as duas ficaram amigas.[2]
Em virtude do seu trabalho como compositora e escritora, Ethel Smyth recebeu o título de Dama da Ordem do Império Britânico (DBE), em 1922,[1][5] tornando-se na primeira mulher compositora a receber a honra.[6] Smyth recebeu doutorados honorários em música das Universidades de Durham e Oxford.[7] Ela morreu, em Woking , em 1944, aos 86 anos.[8]