Estimulação magnética transcraniana
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A estimulação magnética transcraniana ou EMT (em inglês: Transcranial magnetic stimulation ou TMS) é uma técnica não invasiva, de uso diagnóstico e terapêutico, que usa campos magnéticos para estimular pequenas regiões do cérebro por indução eletromagnética através de um gerador, ou "bobina", colocado próximo da cabeça do paciente.[1] Desde sua introdução, em 1985, a estimulação magnética transcraniana consolidou-se como uma ferramenta útil na pesquisa neurocientífica. A EMT é usada em diagnósticos para medir a conexão entre o cérebro e um músculo para avaliar danos, lesões e outros transtornos neurológicos.[2]
A técnica pode ser útil para várias condições neurológicas como síndrome de Parkinson, distonia, zumbido, enxaqueca, e condições psiquiátricas, como depressão e alucinações auditivas. No entanto, o potencial da estimulação magnética transcraniana para diagnósticos e tratamentos neurológicos ainda está sendo comprovado, por falta de estudos clínicos a longo prazo.[3]
Evidências sugerem que ela é útil para tratar dor neuropática[4] e transtornos depressivos maiores resistentes ao tratamento.[4][5][6][7][8][9] Uma publicação da Cochrane de 2015 não encontrou provas suficientes para tirar conclusões sobre o tratamento de esquizofrenia.[10] Para sintomas negativos, outra análise encontrou possível eficácia.[4] A partir de 2014, todas as outras pesquisas de uso repetitivo de EMT encontraram apenas possível ou nenhuma eficácia clínica.[4]
Existem diversas técnicas de EMT, aplicadas para diferentes objetivos, que, por serem consideradas seguras, se tornaram úteis para a neurologia clínica, já que a prática tem capacidade de mapear o córtex cerebral e estabelecer sua excitabilidade. Por outro lado, a EMT repetitiva (EMTr), mais poderosa e relativamente com riscos maiores que EMT de pulso único, consiste na aplicação de estímulos magnéticos em intervalos regulares. Ela possui capacidade para bloquear ou facilitar as estruturas corticais, dependendo da área de aplicação e da intensidade dos estímulos, e pode ser utilizada no tratamento de diversos transtornos neuropsiquiátricos e neurológicos, conforme citado acima.
Distinguir entre efeitos verdadeiros e placebo em EMT é um problema que influencia os resultados de ensaios clínicos.[4][11][12][13] A EMT possui baixos riscos, com casos raros de síncope e convulsões induzidas, além de possível dor ou desconforto, e outros efeitos transitórios de curto prazo.[11]