Escolástica tardia
Período da história da filosofia entre o século XVI e XVII / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A escolástica tardia ou segunda escolástica (também chamada de escolástica barroca e escolástica pós-medieval) é um período e movimento da história da filosofia em continuidade com a filosofia e teologia da escolástica precedente, também conhecida como primeira escolástica. Cronologicamente, é situado no início do século XVI, quando a preferência pela obra de Tomás de Aquino, e também João Duns Escoto, deslocou outras referências canônicas,[1] durando até o fim do século XVII, mantendo-se porém, nos países mais católicos, parte do currículo educacional religioso até o século XIX.[2] Tomás Caetano, um extenso comentador da Suma Teológica, pode ser considerado o primeiro representante do período.
Foi transmitida especialmente por instituições católicas como os Dominicanos, os Jesuítas e os Franciscanos. Geograficamente, suas áreas de maior influência e produtividade foram a península ibérica, a américa latina e itália, existindo em menor medida em outros países da europa.[2]
A segunda escolástica é marcada pela continuidade com a filosofia medieval, preferencialmente o tomismo e o escotismo, pela íntima ligação entre filosofia e teologia,[3] pela valorização do aristotelismo e seus comentadores - incluindo a concepção de filosofia em diálogo com o direito, a física, e a economia, áreas em que esses filósofos escolásticos farão contribuições significativas -, como também pela oposição à Reforma Protestante e a influência de um humanismo católico, especialmente no que diz respeito à uma enfase revigorada na exegese. Além disso, se define ao fazer face às transformações e confrontos daqueles séculos, elaborando respostas aos seus desafios com base no repertório estabelecido, expandindo e adaptando-o, fatos importantes como a reforma, o contato com a América e a cultura ameríndia.[3]