Erich Priebke
político alemão / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Erich Priebke (Hennigsdorf, Brandemburgo, 29 de julho de 1913 — Roma, 11 de outubro de 2013) foi um hauptsturmführer (capitão) da SS durante a Segunda Guerra Mundial.[1] Viveu 20 meses no período final da guerra como prisioneiro de guerra, tendo escapado do campo pelos arames farpados e tomado o "caminho dos ratos" (ratline), uma rota europeia conhecida para fuga de nazistas para a América do Sul, que passava por Nápoles. De lá embarcou num navio e foi se refugiar no interior da Argentina.
Erich Priebke | |
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Nascimento | 29 de julho de 1913 Hennigsdorf, Brandemburgo |
Morte | 11 de outubro de 2013 (100 anos) Roma |
Nacionalidade | alemão |
Ocupação | hauptsturmführer |
Viveu na Argentina com seu nome verdadeiro e passaporte alemão. Cinquenta anos depois ele foi localizado por uma equipe da TV norte-americana da CBS, que confirmou a sua identidade e inclusive o entrevistou na saída de um colégio onde ministrava aulas. Preso pela polícia argentina depois de a matéria ter ido ao ar nos Estados Unidos, levou mais um ano e meio até a justiça argentina expatriá-lo para a Itália para julgamento por crimes de guerra na península itálica.
Recaía sobre ele a acusação de assassinato de 355 civis italianos (dez civis italianos para cada soldado alemão morto em um atentado da resistência italiana), no chamado Massacre das Fossas Ardeatinas em Roma, em 24 de março de 1944. Em 1996, foi condenado à prisão perpétua. Cumpriu prisão domiciliar pelas leis italianas, proibido de estar numa prisão pela sua idade avançada.
Morreu em 11 de outubro de 2013 aos cem anos de idade em Roma, na Itália. Seu sepultamento e local do túmulo foi considerado do mais alto segredo, após diversas cidades negarem acolher o corpo do ex-comandante da SS, temendo que seu túmulo se convertesse num local de peregrinação para os neonazistas. Segundo seu advogado, deixou uma entrevista escrita[2] e um vídeo como "testamento humano e político".[3][4]
“ | Pois bem, eram tempos duros, Priebke não era um herói, mas um pobre covarde, e, mesmo que tivesse percebido a enormidade do delito, teria medo de arcar com as consequências de uma recusa; matou cinco a mais, mas quando se está embriagado de sangue, todos sabem, fica-se como um animal; é culpado, certo, mas em vez da prisão perpétua damos muitos e muitos anos; a justiça está salva, temos a prescrição e fechamos um capítulo doloroso. | ” |
— Umberto Eco, Cinco Escritos Morais[5]. |