Epidemiologia genética
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Epidemiologia genética é um campo emergente com diversos interesses, representa uma importante interação entre as duas disciplinas que o originaram: genética e epidemiologia. Pode se dizer que a epidemiologia genética é o estudo da ação conjunta de genes e fatores ambientais enquanto causa de doenças em populações humanas e dos seus padrões de herança familiar.[1] A epidemiologia genética difere da epidemiologia por sua explicita consideração aos fatores genéticos e semelhança familiar, ela difere da genética de populações por seu foco sobre a doença e também difere da genética médica por sua ênfase na população investigando simultaneamente o impacto dos fatores ambientais.[2] MacMahon & Pugh assinalam que tanto a genética como a epidemiologia dependem da aplicação da estatística e matemáticas para analisar a frequência e padrões de distribuição das doenças [3]
Nas relações acima descritas deve se observar que a genética também possui seu próprio modelo teórico como o exemplo do postulado que define os organismos como a relação de um conjunto de genes entre si e com o seu meio ambiente,[4] tal modelo se revela capaz de prever ou explicar relações que não seriam percebidas analisando-se somente a distribuição de patologias, concebidas com o modelo de genética determinística, como por exemplo uma mutação de um gene recessivo com possibilidade "X" de expressão em um casamento, consanguíneo ou não, em uma população com freqüência "Y" daquele gene.[5][6] Cabe a epidemiologia, por análise de multicausalidade, a determinação da freqüência de doenças na população,[7] nesse caso de agravos de natureza genética, em sua interação com fatores (causais) mutagênicos e possibilidades de expressão, além de identificar separadamente a frequência de alelos associados à patologias e seu comportamento na população, por associação à genética populacional.