Enchentes no Rio Grande do Sul em 2024
desastre climático no sul do Brasil em 2024 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
As enchentes no Rio Grande do Sul em 2024 referem-se às inundações que ocorrem no estado brasileiro do Rio Grande do Sul entre o final de abril e início de maio de 2024. O governo gaúcho classificou a situação como "a maior catástrofe climática" da história do estado.[2]
Este artigo ou se(c)ção trata de uma inundação ou enchente recente. |
Enchentes no Rio Grande do Sul em 2024 | |
---|---|
Centro de Porto Alegre inundado em 5 de maio de 2024 Imagens de satélite da NASA das áreas atingidas em 6 de maio (acima) e 20 de abril (abaixo), durante e antes das enchentes. | |
Duração | 28 de abril de 2024 (2024-04-28)–presente |
Vítimas | |
Áreas afetadas | Rio Grande do Sul, Brasil |
Causas | Enchentes |
Em várias cidades, no período entre 26 de abril e 2 de maio, chegou a chover de 500 a 700 mm, correspondendo a um terço da média histórica de precipitação para todo um ano, e em muitas outras a precipitação ficou entre 300 e 400 mm.[3] Dados do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mostram que as chuvas de maio levaram 14,2 trilhões de litros de água para o lago Guaíba, volume que equivale a quase metade do reservatório da Usina Hidrelétrica de Itaipu.[4]
A precipitação excessiva afetou mais de 60% do território estadual,[5] e até as 9 horas do dia 16 de maio, 458 municípios reportaram danos, sendo registrados 151 mortos, 104 desaparecidos e 806 feridos. Mais de 2,28 milhões de pessoas foram afetadas e mais de 615 mil tiveram de sair de suas casas.[1] Mais de 640 mil residências tiveram o abastecimento de água cortado e mais de 440 mil clientes ficaram sem energia elétrica.[6] Ocorreram bloqueios em dezenas de pontos nas estradas estaduais por deslizamentos de terra, alagamento, destruição da pista ou queda de barreiras e árvores.[7]
No dia 5 de maio o governo federal decretou estado de calamidade pública.[8] No mesmo dia, a inundação do Guaíba, lago que cerca a capital Porto Alegre, atingiu a marca de 5,33 metros, superando a histórica enchente de 1941.[9] A Confederação Nacional de Municípios (CNM) estimou que as enchentes causaram prejuízos de 4,6 bilhões de reais, sendo que cerca de 78% dos municípios gaúchos foram afetados, resultando em danos principalmente no setor habitacional.[10]