Eleições legislativas portuguesas de 1999
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As eleições legislativas portuguesas de 1999 realizaram-se a 10 de outubro de 1999, no calendário normal previsto na Constituição, após o cumprimento dos quatro anos de mandato da anterior legislatura.
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230 lugares da Assembleia da República 116 assentos necessários para maioria | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Comparecimento | 61.09 5.21 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Lista com partidos que ganharam assentos. Confira o resultado abaixo.
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O PS de António Guterres conseguia uma nova vitória com 44,1% dos votos, mas falhava a maioria absoluta por apenas um deputado e conseguindo eleger o mesmo número de deputados que todos os outros partidos: 115-115.[1]
O PSD, agora liderado por Durão Barroso, obtinha um resultado pior que o de 1995, perdendo inclusivamente 7 deputados. Os social-democratas continuavam a recuperar do fim do ciclo de 10 anos de poder de Cavaco Silva.[2]
A coligação PCP-PEV conseguia, pela primeira vez desde 1985, reverter o seu declínio e ter uma subida na sua votação e eleger mais deputados ao obter 9,0% e 17 deputados.[3]
O CDS-PP, que tinha Paulo Portas como líder, elegia os mesmos 15 deputados que tinha conseguido em 1995, isto apesar de uma ligeira descida na votação.
A grande surpresa foi a erupção do Bloco de Esquerda, partido nascido da fusão de diversos partidos e correntes da esquerda, que conseguia eleger 2 deputados.[4]
A participação nestas eleições era a mais baixa de sempre na data, com pouco mais de 61% de eleitores a votarem.[5]
Esta legislatura seria atribulada pelo falhanço do PS em ter a maioria absoluta, vendo-se obrigado a recorrer a um deputado do CDS (Daniel Campelo, presidente da Câmara de Ponte de Lima) para conseguir aprovar os seus últimos dois orçamentos (para 2001 e 2002), algo que ficou conhecido como o caso do "Queijo Limiano".[6] Guterres iria apresentar a sua demissão após a derrota nas autárquicas de 2001, provocando eleições antecipadas.[7]