Eleições gerais na Espanha em novembro de 2019
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As eleições gerais na Espanha foram realizadas a 10 de novembro para eleger os 350 lugares do Congresso dos Deputados e 208 dos 266 assentos do Senado. Estas eleições foram as segundas realizadas no ano de 2019 e as quartas nos últimos 4 anos em Espanha.
10 de novembro de 2019 | |||||||||
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Em disputa | 350 assentos do Congresso dos Deputados 208 (dos 266) assentos do Senado | ||||||||
Candidato | Pedro Sánchez | Pablo Casado | Santiago Abascal | ||||||
Partido | PSOE | PP | Vox | ||||||
Assentos no parlamento | 120 3 |
89 23 |
52 28 | ||||||
Votos | 6,792,199 | 5,047,040 | 3,656,979 | ||||||
Porcentagem | 28,0% 0,7% |
16,7% 4,1% |
15,9% 4,8% | ||||||
Candidato | Pablo Iglesias | Gabriel Rufián | Albert Rivera | ||||||
Partido | Podemos | ERC | Cs | ||||||
Assentos no parlamento | 35 7 |
13 2 |
10 47 | ||||||
Votos | 3,119,364 | 880,734 | 1,650,318 | ||||||
Porcentagem | 12,9% 1,4% |
3,6% 0,3% |
6,8% 9,1% | ||||||
Mapa com os resultados | |||||||||
Titular Eleito |
Estas eleições aconteceram apenas 7 meses depois das últimas eleições, em grande parte, devido ao falhanço das negociações do PSOE, liderado por Pedro Sanchez, com a coligação de esquerda Unidos Podemos de Pablo Iglesias.[1] Com os socialistas a recusarem a entrada no governo de membros do Podemos e diferenças quanto à política a ser seguida, bem como a ressurgimento do problema do independentismo catalão originou um novo impasse político no país.[2][3][4] Como tal, Sanchez pediu a dissolução do parlamento ao rei Filipe VI e as eleições foram marcadas para 10 de novembro.[5]
Os resultados deram nova vitória ao PSOE que praticamente repetia os resultados de Abril ao perder apenas 3 deputados e conseguir 28,0% dos votos.[6] O Partido Popular (PP), que vinha do seu pior resultado eleitoral em abril, conseguiu uma boa recuperação ao obter mais 20 deputados que em abril e chegando aos 20%.[7]
Os grandes vencedores foram os nacionalistas do Vox que se afirmou como a 3.ª força nacional ao conseguir mais de 15% dos votos e eleger mais de 50 deputados.[8] Unidos Podemos voltou a perder deputados e votos e ficava-se pelos 13% e 35 deputados,[9] sofrendo com o aparecimento do novo partido Mais País (fundado por Iñigo Errejón, antigo membro do Podemos) que conseguiu eleger 3 deputados.[10]
O grande derrotado foi o Cidadãos que foi totalmente arrasado, passando dos 16% e 57 deputados de abril para apenas 6,8% e 10 deputados.[11] A nota humilhante deste mau resultado foi o partido ver-se ultrapassado, em deputados, pelos independentistas da Esquerda Republicana da Catalunha.[12]
Quanto aos partidos independentistas/regionalistas, destacar a entrada inédita da CUP (extrema-esquerda independentista catalã) no parlamento espanhol e o reaparecimento do Bloco Nacionalista Galego.[13]