Eleições gerais na Espanha em 2008
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As eleições gerais na Espanha em 2008 foram realizadas a 9 de março de 2008, para eleger a 9ª Cortes Gerais do Reino da Espanha. Todas os 350 lugares do Congresso dos Deputados estavam em disputa, assim como 208 das 264 cadeiras do Senado.
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350 lugares do Congresso dos Deputados 176 assentos necessários para maioria | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Comparecimento | 73.85 1.81 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Lista com partidos que ganharam assentos. Confira o resultado abaixo.
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Após quatro anos de crescente bipolarização da política espanhola, a eleição registou um resultado recorde tanto para o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) quanto para o Partido Popular (PP), obtendo juntos mais de 83% dos votos - mais de 21 milhões de votos — e 92% das cadeiras do Congresso[1]. O PSOE, sob José Luis Rodríguez Zapatero, beneficiou do voto tático contra o PP e emergiu como o partido mais votado a apenas 7 lugares da maioria absoluta[2][3]. Por outro lado, o PP de Mariano Rajoy viu um aumento em sua percentagem de votos e número de deputados, mas permaneceu incapaz de ultrapassar os socialistas[4].
A Esquerda Unida (IU) teve seu pior desempenho nas eleições gerais de todos os tempos, com menos de 4% e 2 deputados[5]. Os partidos nacionalistas regionais Convergência e União (CiU), Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), Partido Nacionalista Basco (PNV) ou Chunta Aragonesista (CHA) também foram prejudicados pela votação tática maciça para o PSOE, caindo para mínimos históricos de apoio popular[3]. A União, Progresso e Democracia (UPyD), com 1 deputados e pouco mais de 300.000 votos, tornou-se o primeiro partido nacional, além do PSOE, PP e IU, a entrar no parlamento em mais de duas décadas[1].
Zapatero foi empossado como primeiro-ministro da Espanha para um segundo mandato em abril de 2008, no momento em que a economia espanhola começava a mostrar sinais de fadiga e desaceleração econômica após uma década de crescimento.