Eleições em Cuba
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As eleições em Cuba são realizadas nos níveis municipal, provincial e nacional. Cuba é um Estado de partido único, com o Partido Comunista de Cuba sendo descrito como a "força motriz superior da sociedade e do estado" na Constituição de Cuba, e todos os outros partidos políticos são ilegais.[1] As eleições em Cuba não são consideradas democráticas porque o governo não permite uma votação livre e justa.[1][2]
Atualmente, existem 605 assentos na Assembleia Nacional do Poder Popular, a legislatura unicameral de Cuba, que deverá diminuir para 474 após as eleições de 2023. Há apenas um candidato para cada assento na Assembleia, sendo todos indicados por comités que são firmemente controlados pelo Partido Comunista.[3][4] A maioria dos distritos legislativos elege representantes múltiplos para a Assembleia. Os eleitores podem selecionar candidatos individuais no sua boletim de voto, selecionar todos os candidatos ou deixar todas as perguntas em branco, sem a opção de votar contra os candidatos.[5][6] Nas eleições de 2013, cerca de 80% dos eleitores selecionaram todos os candidatos à Assembleia no seu boletim, enquanto que 4,6% apresentaram uma cédula em branco; nenhum candidato à Assembleia jamais perdeu uma eleição na história cubana.[7]
A Assembleia Nacional só se reúne duas vezes por ano, com o Conselho de Estado a exercer a autoridade legislativa durante o resto do ano.[1] Os 31 membros do Conselho de Estado são eleitos pela Assembleia, e um estudo de 2021 determinou que a maioria dos membros do Conselho poderiam ter sido derrotados se fossem eleitos pelo povo.[8]
Fidel Castro foi o primeiro secretário do Partido Comunista de Cuba (PCC) de 1961 a 2011, e esteve no poder primeiro como primeiro-ministro e depois como presidente, de 1959 a 2008. O irmão de Castro, Raúl Castro, foi designado sucessor de Fidel no 5º congresso do Partido Comunista em outubro de 1997.[9] Fidel Castro reformou-se oficialmente em 19 de abril de 2011, deixando o seu irmão como o único candidato a primeiro-secretário.[10]