Eleição federal na Alemanha em 2013
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As eleições federais na Alemanha em 2013 realizaram-se no domingo 22 de setembro de 2013 e serviram para eleger os 631 deputados para o Bundestag.[1]
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Eleição federal na Alemanha em 2013 631 lugares para o Bundestag | |||||||||||
22 de setembro de 2013 | |||||||||||
Demografia eleitoral | |||||||||||
Hab. inscritos: | 61 946 900 | ||||||||||
Votantes : | 44 309 925 | ||||||||||
71.53% 1.1% | |||||||||||
CDU/CSU | |||||||||||
Votos: | 18 165 446 | ||||||||||
Deputados obtidos: | 311 30.1% | ||||||||||
41.55% | |||||||||||
Partido Social-Democrata | |||||||||||
Votos: | 11 252 215 | ||||||||||
Deputados obtidos: | 193 32.2% | ||||||||||
25.73% | |||||||||||
A Esquerda | |||||||||||
Votos: | 3 755 699 | ||||||||||
Deputados obtidos: | 64 15.8% | ||||||||||
8.59% | |||||||||||
Aliança 90/Os Verdes | |||||||||||
Votos: | 3 694 057 | ||||||||||
Deputados obtidos: | 63 7.4% | ||||||||||
8.45% | |||||||||||
Partidos extraparlamentares | |||||||||||
Votos: | 6 859 439 | ||||||||||
Deputados obtidos: | 0 | ||||||||||
15.67% | |||||||||||
Chanceler da Alemanha | |||||||||||
Os resultados das eleições deram uma enorme vitória aos partidos irmãos de centro-direita, União Democrata-Cristã e União Social-Cristã, que obtiveram o melhor resultado desde 1990, conquistando 41,5% dos votos e 311 deputados, ficando a, apenas, 5 deputados da maioria absoluta.[2][3][4] A este resultado da CDU/CSU muito se deve à enorme popularidade da chanceler Angela Merkel e, também, à estável situação económico-financeira que a Alemanha atravessa, com uma baixa taxa de desemprego e um orçamento equilibrado.[4][3][2]
O Partido Social-Democrata, que vinha do pior resultado eleitoral em 2009 (23,0% e 146 deputados), teve uma subida de votos e deputados, conquistando 25,7% dos votos e 193 deputados.[3] Apesar desta pequena recuperação, este resultado do SPD foi um dos piores da sua história,[5] muito devido à falta de um líder carismático e, também, a incapacidade de apresentar uma alternativa credível face à popularidade de Merkel.[3]
A Esquerda, apesar de ter caído dos 11,9% e 76 deputados de 2009 para 8,6% e 64 deputados, conseguiu um feito histórico: pela primeira vez, foi o terceiro partido mais votado da Alemanha, apenas atrás dos grandes partidos, CDU e SPD.[4]
A Aliança 90/Os Verdes, que tinha, inicialmente, grandes expectativas eleitorais, foi um dos grandes derrotados, passando dos 10,7% e 68 deputados de 2009 para 8,4% e 63 deputados.[4] Um escândalo de pedofilia, combinado com a desconfiança do eleitorado face ao programa económico apresentado, justificam o mau resultado obtido pelos Verdes.[6][3]
O Partido Democrático Liberal, que vinha do seu melhor resultado eleitoral em 2009, foi o grande derrotado das eleições, obtendo o seu pior resultado eleitoral, ficando-se, apenas, pelos 4,8% dos votos e, pela primeira vez na sua história, não obteve representação parlamentar.[7] A falta de renovação do FDP e o forte crescimento eleitoral da CDU/CSU, em muito, justificam o péssimo resultado dos liberais.[7][4]
Por fim, destacar os 4,7% do recém-formado partido anti-Euro, Alternativa para a Alemanha, falhando por muito pouco a entrada no parlamento[4] e, também, o péssimo resultado do Partido Pirata, com apenas 2,2% dos votos, quando chegou a ter sondagens que indicavam a hipótese de poder entrar no parlamento.[4]
Após as eleições, CDU/CSU e SPD chegaram a acordo, formando o terceiro governo de "Grande Coligação" e, com Angela Merkel continuando como chanceler, liderando o segundo governo de "Grande Coligação".[8][9]