Eleição federal na Alemanha em 1998
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
As eleições federais na Alemanha foram realizadas a 27 de Setembro de 1998 e, serviram para eleger os 669 deputados para o Bundestag.[1]
← 1994 • • 2002 → | |||||||||||
Eleição federal na Alemanha em 1998 669 lugares para o Bundestag | |||||||||||
27 de setembro de 1998 | |||||||||||
Demografia eleitoral | |||||||||||
Hab. inscritos: | 60 762 751 | ||||||||||
Votantes : | 49 947 087 | ||||||||||
82.20% 4.1% | |||||||||||
Partido Social-Democrata | |||||||||||
Votos: | 20 181 269 | ||||||||||
Deputados obtidos: | 298 18.3% | ||||||||||
40.93% | |||||||||||
CDU/CSU | |||||||||||
Votos: | 17 329 388 | ||||||||||
Deputados obtidos: | 245 16.7% | ||||||||||
35.14% | |||||||||||
Aliança 90/Os Verdes | |||||||||||
Votos: | 3 301 624 | ||||||||||
Deputados obtidos: | 47 4.1% | ||||||||||
6.70% | |||||||||||
Partido Democrático Liberal | |||||||||||
Votos: | 3 080 955 | ||||||||||
Deputados obtidos: | 43 8.5% | ||||||||||
6.25% | |||||||||||
Partido do Socialismo Democrático | |||||||||||
Votos: | 2 515 454 | ||||||||||
Deputados obtidos: | 36 20% | ||||||||||
5.10% | |||||||||||
Partidos extraparlamentares | |||||||||||
Votos: | 2 899 822 | ||||||||||
Deputados obtidos: | 0 | ||||||||||
5.89% | |||||||||||
Chanceler da Alemanha | |||||||||||
Os resultados eleitorais deram uma vitória espectacular ao Partido Social-Democrata, que conquistou 40,9% dos votos e 298 deputados, um aumento de 4,5% e de 46 deputados em relação às eleições de 1994.[2][3] Este resultado significou, também, que, pela primeira vez desde 1972, o SPD obtinha mais votos e deputados que os dois partidos irmãos de centro-direita, CDU/CSU.[3] A esta vitória do SPD, muito se deveu à campanha do partido, com o slogan "Das Neue Mitte", apelando aos votantes moderados desiludidos e cansados após 16 anos governo de CDU/CSU-FDP.[3] Com um programa centrista, inspirado pelo sucesso de Tony Blair e Bill Clinton, e, com a grande popularidade de Gerhard Schröder, candidato a chanceler, o SPD voltava, 16 anos depois, a poder liderar um governo federal.[3]
Os partidos irmãos de centro-direita, União Democrata-Cristã e União Social-Cristã, liderados pelo chanceler Helmut Kohl, obtiveram o seu pior resultado desde 1953, ficando-se pelos 35,1% dos votos e 245 deputados, uma queda de 6,4% e 49 deputados comparado com 1994.[2][3] A elevada taxa de desemprego, que atingiu os 9,4% e, em especial, na RDA, onde rondava os 20%, as dificuldades económicas sentidas após a reunificação, e, por fim, a desejo de mudança, em, muito explicam, os péssimos resultados de CDU/CSU.[2][3] Quem também sofreu com a impopularidade de 16 anos de coligação e o desejo de mudança, foram os parceiros de CDU/CSU, o Partido Democrático Liberal, que ficou-se, apenas, pelos 6,2% dos votos e 43 deputados.[3]
A Aliança 90/Os Verdes também não obtiveram um bom resultado, baixando dos 7,3% e 49 deputados de 1994, para 6,7% e 47 deputados.[3] As divisões internas do partido, entre os defensores de uma coligação de governo com SPD e seus opositores, em muito prejudicaram os Verdes.[3]
Por fim, o Partido do Socialismo Democrático continuou com o seu crescimento eleitoral, passando, pela primeira vez, a barreira dos 5%, exigidos para formação de um grupo parlamentar próprio, conquistando 5,1% e 36 deputados.[3] O PDS beneficiou da queda da CDU na antiga RDA,[2] conquistando 21,6% na antiga RDA, provando ter uma base eleitoral muito forte no leste alemão.[4]
Após as eleições, o SPD formaria um governo de coligação com a Aliança 90/Os Verdes, e, assim, Gerhard Schröder tornava-se o primeiro chanceler social-democrata desde 1982.[3]